Restaurantes fazem DENÚNCIA contra o iFood em semana de PARALISAÇÃO dos entregadores

Um grave denúncia dos restaurantes contra o iFood chocou a todos nesta semana. De acordo com os estabelecimentos, a empresa tem exigido que eles assinem um contrato de exclusividade. Isso significa que o oferecimento do seus produtos ficaria limitado a uma única plataforma de vendas.

Restaurantes fazem DENÚNCIA contra o iFood em semana de PARALISAÇÃO dos entregadores
Restaurantes fazem DENÚNCIA contra o iFood em semana de PARALISAÇÃO dos entregadores (Imagem: FDR)

Desde 1º de outubro o iFood segue novas regras sobre o contrato de exclusividade que mantém com os restaurantes parceiros. O termo que entra em vigor depois de um acordo firmado com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em fevereiro, muda este sistema por 54 meses.

Ficou estabelecido que a plataforma não poderá fechar contratos de exclusividade com marcas que tenham 30 ou mais estabelecimentos. Para redes de restaurantes que possuem menos do que 30 unidades as regras são mais flexíveis. Com um prazo menor de duração da exclusividade.

Neste caso, eles têm que assumir dois anos de serviços inteiramente na plataforma mas, em seguida, há uma quarentena de um ano, em que o contrato restrito com o iFood é vetado. Existe, porém, uma brecha nesta quarentena e que permite a renovação do contrato antes de completar um ano.

Para isso o iFood precisa assumir o compromisso de fazer investimentos na parceira. E ainda, garantir aumento de 40% de vendas na plataforma acima do crescimento do mercado no ano anterior. Ou seja, em um cenário mais vantajoso para o estabelecimento ele pode assinar o contrato.

O que o restaurantes estão denunciando contra o iFood?

De acordo com os estabelecimentos com até 30 unidades, a reclamação é de que há pressão para a rede continue exclusiva no iFood mesmo no fim do contrato. E assim, o aplicativo seguiria cobrando taxas menores pelos serviços cobrados em sua plataforma.

“Temos observado que estabelecimentos independentes que tinham contrato de exclusividade com o iFood estão sendo pressionados, já que, ao sair do ambiente de exclusividade, a taxa chega a subir de 5 a 7 pontos percentuais. Isso representa um aumento de 30% a 40% nas tarifas”, disse Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) à Folha.

Isso quer dizer que a plataforma pune os restaurantes que não seguem o contrato de exclusividade com uma taxa maior sobre a venda dos seus produtos. Saindo de aproximadamente 17% para chegar a pelo menos 23%.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com