Com a informação de bloqueio de verbas, cortes sucessivos em programas sociais e fiscalização mais acentuada, cresceu o medo de ser cortado do Bolsa Família. O titular do benefício, porém, que cumpre com todas as regras não tem o que temer. Algumas práticas simples livram toda a família de perder o auxílio.
O mais recente pagamento feito pelo programa, em julho, contemplou 20,9 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social. E embora o governo tenha dito que 300 mil famílias passaram a fazer parte do grupo de contemplados, não passou despercebido que uma parte dos inscritos foram cortados do Bolsa Família. Já que em junho 21,9 milhões receberam.
Recentemente foi divulgado que pouco mais de 900 mil famílias unipessoais foram excluídas do programa desde o início deste ano. O número de famílias compostas por uma única pessoa cresceu consideravelmente durante o Auxílio Brasil, programa gerido por Jair Bolsonaro (PL), e ocupava 27% do total de beneficiados. O que chamou atenção do governo atual.
Este grupo teve seu benefício inicialmente suspenso, em seguida foram convocados a atualizar os dados do Cadastro Único. E quem realmente não cumpriu com os requisitos foi cortado do Bolsa Família pelo governo. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, pessoas de uma mesma família estavam recebendo o auxílio juntos, o que é proibido.
O que fazer para não ser cortado do Bolsa Família?
Existem alguns grupos que são prioridade na fila de espera para receber o Bolsa Família. Como aqueles chefiados por mulheres, que possuem crianças, adolescentes ou gestantes. Mas, apenas esse perfil não é suficiente para manter o benefício e não ser cortado do Bolsa Família, ainda é preciso cumprir com regras básicas.
Os requisitos chamados de condicionalidades indicam quais são as regras para se manter no programa, e elas incluem:
- Estar com os dados atualizados no Cadastro Único (quem compõe a família, nome de cada um, endereço, renda per capita, escola onde as crianças estudam, e outros);
- Ter renda mensal de no máximo R$ 218 por pessoa (não é incluso no cálculo o pagamento de outro benefício social);
- Crianças deve frequentar mais que 65% das aulas no ano, e adolescentes mais que 75%;
- Caderneta de vacinação de crianças, jovens e gestantes deve estar atualizada;
- Crianças e mulheres de 14 a 44 anos devem fazer acompanhamento de saúde;
- Gestantes precisam fazer o pré-natal.