Com cerca de 70,53 milhões de brasileiros com o nome restrito por conta de endividamento, de acordo com dados divulgados pela Serasa, muitos brasileiros têm procurado o empréstimo para organizar melhor as dívidas. Porém, é preciso cautela na hora de escolher a instituição para realizar o empréstimo.
Buscar outras linhas de crédito, mais baratas, que ajudem a quitar as contas em aberto é uma atitude recomendada por especialistas em educação financeira. Mas, saiba identificar se a instituição que você buscou ou que lhe ofereceu um crédito é autorizada pelo Banco Central (BC).
Seja para colocar as finanças pessoais em dia ou para quem precisa de crédito para o negócio, a busca pela instituição segura e com os processos corretos deve ser feita no sistema do BC para evitar cair em golpes.
Há algumas informações que são importantes para conhecer e saber se a instituição que está oferecendo empréstimo, ou algum produto como a abertura de conta, é cadastrada e é supervisionada pela autoridade monetária.
Passo a passo do que fazer antes de contratar um empréstimo
O Banco Central mantém uma página com a relação de mais de 1000 instituições/dependências autorizadas a funcionar. São bancos comerciais; sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras); cooperativas de crédito; e fintechs de crédito (sociedades de crédito direto (SCDs) e sociedades de empréstimo entre pessoas (SEPs).
Para pesquisar uma instituição, basta entrar no campo “Nome da Instituição” com uma parte do nome, ou por CNPJ, por exemplo. Também é possível filtrar por “segmento”.
A pesquisa também pode ser usada por quem precisa de empréstimo para negócios, já que a lista é formada por sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte (SCMEPP); agências de fomento; entre outros.
Além de recorrer à lista, o BC orienta que nunca sejam feitos pagamentos antes de receber o crédito, já que isso sinaliza ser um golpe.
Outros cuidados que devem ser adotados, após a contratação do produto ou serviço, é não pagar boletos em nome de pessoas físicas, desconfiar de contatos que peçam dados pessoais ou confirmação de senha, e suspeitar de descontos apelativos em abordagens via e-mail, mensagens de celular e redes sociais.
Programa para renegociação de dívidas
Com início previsto para julho, os bancos já sinalizaram a participação no novo programa chamado de Desenrola Brasil. A ideia é beneficiar os quase 70 milhões de brasileiros com contas em atraso na renegociação de dívidas através do programa.
Apesar de já confirmarem participação no Desenrola Brasil, os bancos, porém, ainda aguardam a regulamentação por parte do governo a respeito do programa para iniciarem as negociações de dívidas.
Santander, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e PagBank são alguns dos bancos que vão aderir ao Desenrola Brasil.
Apesar de ter sido lançado pelo governo, o Desenrola depende da adesão das empresas credoras, em sua maioria bancos. Isso significa que não é possível renegociar uma dívida através do programa se a companhia a qual se deve não aceitar participar.
“O programa depende da adesão dos credores, uma vez que a dívida é privada. Mas nós entendemos que muitos credores quererão participar do programa, dando bons descontos“, disse Haddad.
