Na última segunda-feira, 5 de junho, o governo federal lançou o programa Desenrola Brasil. O objetivo é que pelo menos 70 milhões de pessoas que estão inadimplentes consigam a renegociação de dívidas que tanto precisam para alavancar sua vida financeira. Inicialmente, quatro dos principais bancos em funcionamento no Brasil já confirmaram que farão suas ofertas.
Especialistas preveem que o sucesso do Desenrola Brasil depende da adesão dos credores. Quer dizer, o programa somente conseguirá atingir o seu objetivo se os bancos, financeiras e a rede varejista concordar em oferecer a possibilidade de renegociação de dívidas dos devedores. Para isso, o governo brasileiro deve abrir um processo de leilão de ofertas nos próximos dias.
A ideia é que os credores que desejarem participar da negociação possam dar lances de ofertas, e caso sejam acatados pelo governo eles poderão oferecer os acordos. A expectativa é de que a plataforma online que possibilitará a renegociação de dívidas fique disponível em julho, próximo mês. Nela os devedores poderão encontrar os débitos em seu nome já com os descontos.
Serão beneficiados os inscritos no Cadastro Único, e aqueles cujos débitos são de no máximo R$ 5 mil. Será dada a possibilidade de pagamento à vista, ou parcelamento em até 60 meses (cinco anos), com o primeiro vencimento no prazo de 30 dias. Vale lembrar que não são todos os débitos no CPF do cidadão que poderão ser negociados no Desenrola, mas apenas os que estiverem nos credores participantes.
Bancos anunciam renegociação de dívidas no Desenrola
Serão duas faixas de públicos atendidos pelo Desenrola Brasil:
- Faixa 1: aqueles com dívidas de até R$ 5 mil; com cadastro de inadimplente até 31/12/2022; com renda de até 2 salários mínimos; inscritos no Cadastro Único;
- Faixa 2: pessoas com débitos apenas no banco, em que haverá renegociação de dívidas direta.
Os débitos que estiverem nos bancos e forem limitados a R$ 100 deverão ser perdoados pelos credores. Até o momento, quatro bancos já anunciaram que estão dispostos a fazer a negociação dos débitos por meio da plataforma. São eles:
- Banco do Brasil;
- Bradesco;
- Itaú Unibanco;
- Santander.
Os outros bancos devem aguardar a publicação da regulamentação do programa para se posicionar.
