Com início previsto para julho, os bancos já sinalizaram a participação no novo programa do governo chamado de Desenrola Brasil. A ideia é beneficiar os quase 70 milhões de brasileiros com contas em atraso na renegociação de dívidas através do programa.
Apesar de já confirmarem participação no Desenrola Brasil, os bancos, porém, ainda aguardam a regulamentação por parte do governo a respeito do programa para iniciarem as negociações de dívidas.
Através da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as instituições financeiras brasileiras participaram da negociação do Desenrola junto ao governo, contribuindo na construção do programa. “Quando entrar em operação, os bancos darão sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem suas dívidas”, disse, em nota, o presidente da entidade, Isaac Sidney.
Durante o lançamento do programa Desenrola Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que ele deve ser iniciado já no próximo mês de julho. O programa é voltado apenas às pessoas físicas e tem um limite no valor do perdão da dívida.
O ministro também comentou que as empresas que decidirem participar dessa renegociação devem “imediatamente” perdoar a dívida em no máximo R$ 100; o Governo Federal estima que ao menos 1,5 milhão de pessoas têm dívidas nesse valor no país.
Quais bancos farão parte do programa de renegociação de dívidas?
Santander, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e PagBank são alguns dos bancos que vão aderir ao Desenrola Brasil, conforme confirmação das instituições financeiras ao portal iG.
Alguns bancos ainda não decidiram se vão aderir ao programa. É o caso do Banrisul, que disse que “está aguardando mais informações e avaliando a participação no programa”, e do Inter, que disse que “vê o Desenrola Brasil de forma positiva e ainda está avaliando a sua participação”. Ambas as instituições indicaram que têm iniciativas próprias de renegociação de dívidas.
Por que o programa depende da participação dos bancos?
Apesar de ter sido lançado pelo governo, o Desenrola depende da adesão das empresas credoras, em sua maioria bancos. Isso significa que não é possível renegociar uma dívida através do programa se a companhia a qual se deve não aceitar participar.
“O programa depende da adesão dos credores, uma vez que a dívida é privada. Mas nós entendemos que muitos credores quererão participar do programa, dando bons descontos“, disse Haddad.
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