A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) o fim da paridade de preços do petróleo, e dos combustíveis derivados, como gasolina e diesel, com o dólar e o mercado internacional. A estatal também comentou sobre a flexibilidade para praticar preços competitivos.
Pela regra em vigor desde 2016, o preço da gasolina e do diesel no mercado interno acompanha as oscilações internacionais, ou seja, não há intervenção do governo para garantir preços menores. A Petrobras anunciou o fim desse mecanismo.
A estatal diz que “agora terá mais flexibilidade para praticar preços competitivos. A estratégia comercial tem como premissa preços competitivos, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa aos clientes”, disse a companhia.
“Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, diz comunicado.
Novo cálculo da Petrobras
No cálculo anterior, chamado de Preço de Paridade de Importação (PPI), a Petrobras considerava o valor do petróleo no mercado global e custos logísticos como o fretamento de navios, as taxas portuárias e o uso dos dutos internos para transporte.
Segundo a nota oficial da estatal, a nova “estratégia comercial” usa duas referências de mercado, o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação“, e o “valor marginal para a Petrobras”.
Promessa de Lula
O fim da paridade internacional de preços foi promessa de campanha de Lula. Em março de 2022, o então candidato à presidência prometia “abrasileirar os preços dos combustíveis”.
Desde o começo de seu terceiro mandato, o presidente Lula (PT) indicava que cumpriria a promessa. O fim da paridade de preços com o mercado internacional é uma forma de controlar o preço dos combustíveis no mercado brasileiro.