Em época de declaração do imposto de renda, uma coisa que ninguém quer é enfrentar a dita malha fina. Erros rondam o cotidiano dos contribuintes e evitá-los é outro desafio. Por isso, listamos pontos para você prestar atenção no momento de declarar bens e rendimentos.
O prazo para entregar a declaração do imposto de renda 2023 vai até 31 de maio e o processo exige atenção e organização. Informações incompletas ou incorretas, no entanto, podem levar sua declaração para a malha fina. Com isso, fique por dentro de quais são os principais erros para não repetir.
Erros para não cometer
1. Problemas de digitação
Muita gente faz o procedimento com pressa e erra números, colocando zeros a mais, por exemplo. Fique atento aos números e, especialmente, a pontos e vírgulas.
2. Omissão de rendimentos com aluguel
Uma situação muito comum é uma pessoa que possui um ou mais imóveis alugados para pessoas físicas, mas não informa os rendimentos recebidos na declaração. No entanto, o inquilino declara que pagou esse aluguel. A RF cruza os dados e detecta a inconsistência.
Além disso, no caso de aluguéis acima de R$ 1.903,98 por mês é necessário recolher o imposto mensal. Para isso, o contribuinte precisa emitir o carnê-leão e pagar o imposto sempre no fim do mês seguinte ao do recebimento do aluguel.
Vale lembrar que se o contribuinte tem mais de um imóvel alugado, deverá somar os valores mensais para saber se o montante ficará acima ou abaixo do limite de isenção.
3. Preencher rendimento na ficha errada
Outro erro comum é o preenchimento errado dos rendimentos, que se dividem em três tipos: tributáveis (como salário, aluguel, etc); de tributação exclusiva (como rendimento de aplicações financeiras de renda fixa, renda variável e juros sobre capital próprio); e não tributáveis (como rendimento da poupança, saque de FGTS, doações e herança).
4. Não informar rendimento de dependentes
É comum os pais colocarem filhos como dependentes, mas não informarem o recebimento da bolsa de estágio, por exemplo. A Receita vai cruzar as informações e vai detectar a falta de informação.
Nessa hipótese, o contribuinte deve tomar a decisão: ou não declara o filho como dependente ou o inclui, mas informando todos os rendimentos recebidos por ele.
5. Confundir dependente e alimentando
Contribuintes que pagam pensão alimentícia precisam ter atenção: seu beneficiário é alimentando e não dependente. Se trocar os papéis na declaração, vai cair na malha fina e pode pagar multa por abatimento de imposto indevido.
6. Informação incorreta de despesas médicas
Os contribuintes devem ser honestos ao declarar despesas com saúde. A RF vai cruzar dados, pois o médico precisa informar mensalmente quanto recebeu de cada cliente e, se for detectada uma inconsistência, ambos caem na malha fina.
A dedução de gastos médicos pode aumentar a restituição do IR, mas também pode causar grande prejuízo, se for mentira.
7. Todos os gastos com educação
Gasto com educação pode ser deduzido até o limite R$ 3.561,50 (pelo titular e por cada dependente). Mas nem tudo entra nessa conta.
Despesas com livros escolares, cursos de idiomas e de informática, aulas de esportes não podem ser deduzidas. Quem declarar esse tipo de custo cairá na malha fina.
9. Variação patrimonial incompatível com a renda
Se no mesmo ano em que o contribuinte recebeu R$ 100 mil e comprou um imóvel por R$ 300 mil à vista, sem nenhuma outra fonte de renda, a RF pode entender que alguma renda foi omitida. Os gastos devem ser compatíveis com a renda declarada.