BOLSA FAMÍLIA: Cadastro Único pode te ajudar a conseguir benefício

Pontos-chave
  • O Cadastro Único é crucial para entender como vivem as famílias vulneráveis no país;
  • A seleção em programas sociais é feita com base nas informações dessa plataforma;
  • A entrada no Bolsa Família vai depender ainda do orçamento.

O governo federal, estadual e municipal usa o Cadastro Único como plataforma para seleção de pessoas vulneráveis em benefícios sociais. Nesse cadastro um representante da família informa dados cruciais para que o poder público reconheça aquele grupo como dependente de ajuda. Entre os programas que são oferecidos por meio do Cadastro Único está o Bolsa Família que paga R$ 600 por mês. 

Cadastro Único é a maior porta de entrada do Bolsa Família; veja como otimizar sua aprovação
Cadastro Único é a maior porta de entrada do Bolsa Família; veja como otimizar sua aprovação (Imagem: FDR)

O governo descreve o Cadastro Único, ou CadÚnico como é conhecido, como “base de dados que serve para identificar e conhecer as pessoas e famílias mais vulneráveis do país e, assim, ajudar o Governo Federal a desenvolver políticas públicas voltadas para essa população“. Por meio dele essas famílias têm acesso a 28 diferentes tipos de programas.

É importante dizer, no entanto, que ao inscrever a família no CadÚnico isso não significa que a entrada nos demais programas como o Bolsa Família estará automaticamente autorizada. Pelo contrário, será preciso cumprir com os requisitos de cada um desses benefícios, além de aguardar a disponibilidade de orçamento.

Quem pode se inscrever no Cadastro Único?

Como o Cadastro Único usa os dados informados pelas famílias para saber como elas vivem, e quais as suas necessidades, são aceitos apenas grupos que comprovem estar em condições de vulnerabilidade. É importante dizer que as regras que indicam quem pode se inscrever no CadÚnico são diferentes dos requisitos de acesso em cada programa social.

A entrada na plataforma é válida para famílias que:

  • Possuem renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo;
  • Possuem renda acima dessas, mas que estejam vinculadas ou querendo algum programa ou benefício que utilize o Cadastro Único em suas concessões.

Como fazer a inscrição no Cadastro Único

O governo federal solicita que um representante da família, maior de 16 anos e de preferência mulher, faça a inscrição no Cadastro Único. O processo é feito exclusivamente de forma presencial, mas existe a opção de pré-cadastro no App Meu CadÚnico. Nesse caso, o cidadão informa dados importantes sobre a família e tem o prazo de 240 dias para confirmar sua inscrição.

Esse é um processo opcional, e visa apenas agilizar o processo de cadastramento presencial feito no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). No posto de atendimento municipal, a equipe daquela unidade irá coletar as informações referentes ao domicílio, família, escolaridade de cada um, se possuem trabalho e qual sua remuneração.

Feito isso, cada membro da família recebe um NIS (Número de Identificação Social), que será usado para identificar cada pessoa e ainda para consulta em benefícios sociais. Esse número também pode ser usado para acompanhar se há necessidade de atualização de dados no Cadastro Único.

Inscritos no CadÚnico podem receber o Bolsa Família

Assim que a família se inscrever no Cadastro Único, ficará a disposição do governo para ser inclusa em benefícios sociais, entre eles o Bolsa Família. É necessário esperar que haja disponibilidade de orçamento do governo federal para beneficiar novos grupos. Além de cumprir com requisitos como:

  • Possuir renda familiar de até R$ 218 por pessoa no mês;
  • Preferência para famílias com crianças, adolescentes e gestantes.

Caso cumpram com as regras e haja disponibilidade, a família vai receber em seu endereço o cartão do Bolsa Família no nome do representante do grupo junto com o seu NIS. O valor será depositado na poupança social do Caixa Tem, criado em nome do cidadão.

Como facilitar a entrada no Bolsa Família?

Quem está no Cadastro Único, mas ainda não conseguiu a entrada no Bolsa Família, pode facilitar esse processo de seleção ao tomar algumas atitudes envolvendo o Cadastro Único. Como:

  • Manter os dados pessoais, de renda, de endereço e necessidades básicas sempre atualizados no CadÚnico;
  • Cuidar da frequência escolar, acima de 65% para as crianças e adolescentes;
  • Atualizar a caderneta de vacinação das crianças, adolescentes e gestantes;
  • Fazer o acompanhamento nutricional das crianças nos postos de saúde;
  • Gestantes devem fazer o pré-natal e acompanhamento da gravidez.

O CRAS pode convocar a família para novos processos de atualização, conforme houver necessidade.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com