Nesta quinta, 16, a operadora Oi entrou novamente em recuperação judicial após a Justiça aceitar o novo pedido da empresa. Este pedido foi feito no início de março e aconteceu em menos de três meses após o fim da primeira recuperação judicial da Oi, em dezembro do ano passado.
Neste segundo processo de recuperação, a operadora Oi declarou uma dívida de R$43,7 bilhões. Deste total, R$ 1 bilhão é de dívidas classe 1, como são chamadas as dívidas trabalhistas.
Este pedido da empresa foi aceito na noite da última quinta pelo juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Cesar Ferreira Viana.
Quando empresa está em processo de recuperação judicial, ela pode deixar de arcar com os pagamentos de credores por um período, no entanto é preciso apresentar um plano para pagar o que deve e permanecer em funcionamento.
A operadora obteve na Justiça no começo do mês passado, uma medida cautelar que a protegeu pelo período de 30 dias do bloqueio de ativos por credores. A empresa também tentou uma proteção parecida na Justiça de Nova York.
A Oi disse através de um comunicado ao mercado no início de março que o pedido de recuperação judicial “demonstrou-se a medida mais adequada para a companhia e suas subsidiárias neste momento”.
De acordo com a operadora, existem negociações que seguem em andamento com credores e “pontos negociais ainda sujeitos à concordância entre as partes”.
“O ajuizamento do pedido de recuperação judicial é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo da companhia e de suas subsidiárias, e a companhia reafirma que continuará mantendo regularmente suas atividades”, disse a OI.
Se a empresa quebrar, os ativos são vendidos para levantar dinheiro para o pagamento de suas dívidas.
De acordo com o que foi mostrado pela Folha de S.Paulo, uma empresa passar por uma segunda recuperação judicial é algo difícil de acontecer, e na visão de analistas, a Oi deve encontrar mais dificuldades agora do que na anterior.
Esta previsão é baseada o fato de a operadora ter agora menos ativos para vender. Fora isso, uma nova crise em tão pouco tempo causa uma desconfiança dos agentes sobre o futuro dos negócios.