O que é recuperação judicial?

A situação atual da Americanas não é mais confortável e a empresa pode ter que passar por uma recuperação judicial. Mas você sabe o que isso significa? Entenda logo abaixo o objetivo de entrar em recuperação judicial.

Saiba como funciona a recuperação judicial

O objetivo da recuperação judicial é o de dar um respiro para as empresas que possuem possibilidades reais de se recuperar e sair de uma má fase. Entre as consequências centrais está a dificuldade de acesso ao crédito. Por conta disso, a capitalização da Americanas é algo importante, mesmo se ela estiver passando por uma recuperação judicial.

Caso a empresa varejista precise ir por esse caminho, será necessário realizar uma solicitação  formal à Justiça e criar um plano que será submetido aos credores.

Os débitos da empresa anteriores à recuperação judicial ficam sujeiras a este plano, incluindo ainda possíveis solicitações de indenização por parte de acionistas, mesmo quando a decisão final venha depois que  a companhia já tenha em entrado em recuperação.

É necessário que o plano seja aceito por 50% dos credores. Caso aprovado, o credor que não concordar com as condições terá que aceitá-las mesmo assim. Já se o plano não for aprovado, a empresa pode ter a falência decretada.

Geralmente, os planos de recuperação pressupõem um período maior para que as dívidas sejam quitadas. Incluem ainda abatimentos no valor total, que podem chegar a 70%. Planos de recuperação judicial geralmente também envolvem venda de ativos e fechamento de lojas que não estejam correspondendo.

Quais são as maiores recuperações judiciais da história em valor da dívida

  1. Odebrecht: R$ 98,5 bilhões (pedido em 2019 e em andamento)
  2. Oi: R$ 65,4 bilhões (pedido em 2016 e encerrada)
  3. Samarco: R$ 50 bilhões (pedido em 2021 e em andamento)
  4. Americanas: R$ 43 bilhões (pedido em 2023 e em andamento)
  5. Sete Brasil: R$ 19,3 bilhões (pedido em 2016 e em andamento)
  6. OGX: R$ 12 bilhões (pedido em 2013 e encerrada)
  7. OAS: R$ 11,15 bilhões (pedido em 2015 e encerrada)
  8. Grupo João Santos: R$ 11 bilhões (pedido em 2022 e em andamento)
  9. Ecovix: R$ 6 bilhões (pedido em 2016 e em andamento)
  10. Schahin: R$ 5,85 bilhões (pedido em 2018; empresa teve a falência decretada).

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.