Em declaração feita no último sábado, 11, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o Governo Federal pretende entregar cerca de 170 mil financiamentos pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV) neste ano de 2023. A medida, no entanto, precisará contar com o apoio da União, Estados e Municípios.
Na próxima terça-feira, 14, o Minha Casa Minha Vida foi relançado na cidade baiana de Santo Amaro da Purificação. Na ocasião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva disse que assinará a ordem de serviço para a retomada de 5.835 obras estagnadas.
A visita do ministro ao município teve o objetivo de vistoriar os imóveis que compõem o conjunto habitacional que será entregue por Lula nesta quarta.
“Aqui em Santo Amaro da Purificação seguimos essa estratégia para concluir as obras rapidamente e poder entregar logo as casas à população. Vamos fazer o mesmo em cidades de todo o país. Assim, evitamos a burocracia de ter que contratar outra empresa para fazer os reparos necessários”, declarou Rui Costa.
A visita que também contou com a participação da Prefeita de Santo Amaro da Purificação, Alessandra Gomes, vistoriou algumas unidades do Minha Casa Minha Vida.
Atualmente, a cidade conta com 684 moradias construídas mediante o uso do dinheiro público. Posteriormente, os Estados de Minas Gerais, Maranhão, Goiás, São Paulo e Paraíba, serão os próximos a receber unidades do conjunto habitacional.
Rui Costa afirmou que, por todo o Brasil, 90% das moradias do Minha Casa Minha Vida já foram concluídas. No momento, o presidente Lula está focado em agilizar os consertos e entregar todos os imóveis.
No mês passado, por exemplo, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o programa rebatizado para Casa Verde e Amarela na gestão de Jair Bolsonaro, suspendeu 83 mil obras que permaneceram paradas até receber um investimento aproximado de R$ 10 bilhões.
Minha Casa Minha Vida ganhará novos modelos de habitação
O Governo Federal planeja alterar as regras do Minha Casa Minha Vida com o objetivo de viabilizar novos tipos de habitação. Logo, já foram apresentados três modelos de moradia, cada uma delas modificada de acordo com o perfil e demanda das cidades.
Desde o princípio, o programa previa um conjunto mínimo de regras para o imóvel oferecido aos beneficiários, como ter o mínimo de dois quartos. Portanto, a equipe do presidente pretende oferecer uma gama ampla de padrões visando adaptar o empreendimento à área a ser atendida.
Uma das ideias é que haja apartamentos menores para famílias monoparentais ou de até duas pessoas. Lula deseja que os apartamentos também tenham varanda, característica que pode ser analisada de acordo com o perfil dos beneficiários.
Outra variável deverá ser o aquecimento de água solar na casa. Integrantes do governo acreditam que essa não é uma necessidade para regiões do Nordeste, por exemplo, e os recursos nesses casos poderiam ser usados para outra benfeitoria na habitação.
A nova versão do programa deve ser apresentada até o dia 15 de fevereiro. Integrantes do Ministério das Cidades e da Casa Civil afirmam que os modelos dos empreendimentos só devem ser finalizados após a aprovação das bases do novo programa habitacional.