Caso Americanas: Até calcinhas fazem parte da dívida da varejista. Confira valores

A situação da Americanas está complicada devidos as dívidas de mais de R$40 bilhões da empresa. Nesta semana, foi divulgada uma lista de credores da varejista anexada ao processo de recuperação judicial. Fora os compromissos financeiros, firmados com os bancos, que totalizam mais de R$25 bilhões, grande parte da dívida é com fornecedores.

Logo após a divulgação da lista de credores e valores devidos, os credores começaram a contestar as informações. Isto é algo normal, uma vez que as empresas costumam corrigir a lista inicialmente divulgada. No entanto, neste caso, os erros não são parecem ser pequenos.

Um exemplo é o do BV, listado com crédito de R$ 3,3 bilhões, a exposição real seria de somente R$ 200 milhões.

Sobre fornecedores, são milagres de empresas dependentes das vendas das Americanas para entregar os seus produtos. A varejista deve desde a dona Geillane, do Acre, o valor de R$ 7.280, até a Samsung, que possui o valor mais alto receber entre os fornecedores.

A Americanas deve a gigante da tecnologia R$1,2 bilhão, dívida maior que a com o BNDES e a Caixa. Isto faz com que a Samsung fique entre as maiores credores da varejista juntamente com o banco privado.

A dívida somada que a varejista tem com a Apple e com a Motorola é de R$260 milhões, o mesmo montante devido a Nestlé. Este montante equivale a 78 milhões de barras de chocolate compradas em alguma das populares promoções “3 por R$ 10”, nas lojas da Americanas. Atualmente, estes doces cobram um preço alto da dívida da empresa.

A varejista tem uma dívida de R$221 milhões com a Mondeléz, da Lacta, Pandurata, da Bauducco e Hersheys Brasil, e Arcor. 

A empresa também tem dívidas com fornecedoras de roupas, inclusive íntimas. A dívida mais alta com este setor é com a HanesBrands, proprietária da marca de cuecas Zorba, de R$ 27,1 milhões. Com a Demillus, de calcinha e sutiã, o débito é de R$ 7,8 milhões.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.