Desde que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi lançado, em outubro de 2022, diversas críticas envolvendo o produto foram publicadas. Desde a época de campanha, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) também já havia criticado o crédito, bem como membros da sua equipe. Por isso, de acordo com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, existem grandes chaves da dívida do consignado ser anistiada para os beneficiários.
As informações do ministro Wellington Dias são de que a dívida do consignado do Auxílio Brasil deve ser incluso no programa Desenrola, este que deve ser lançado em breve pelo poder público. A ideia desse sistema será permitir que os endividados consigam renegociar os débitos com valores mais vantajosos. Além dessa proposta, foi confirmado o interesse em perdoar as dívidas com o crédito.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, também confirmou que há o interesse em anistiar os débitos em aberto com o empréstimo do Auxílio Brasil. Segundo dados do governo de Transição, um entre seis cidadãos que receberam o Auxílio contratou o empréstimo consignado. No total, foi somada uma dívida de R$ 9,5 bilhões adquirida por 3,5 milhões de brasileiros.
Por meio do consignado do Auxílio Brasil, os interessados puderam solicitar um crédito que liberou em torno de R$ 2,5 mil. A quantia pode ser paga em até 24 parcelas, com a taxa de juros limitada a 3,5% ao mês, e tendo a margem consignável de 40% aplicada ao valor original do programa que é de R$ 400. Com isso, recebe-se pelo menos R$ 160 a menos do benefício todos os meses.
Quem vai pagar a dívida do consignado do Auxílio Brasil?
Caso se confirme o perdão da dívida do consignado do Auxílio Brasil, Rogério Cenon, secretário do Tesouro Nacional, afirma que a Caixa Econômica Federal que foi a principal distribuidora do empréstimo tenha que se responsabilizar pelos débitos em aberto.
Grandes bancos, como Banco do Brasil, Bradesco, Santander e outros, negaram o oferecimento do crédito consignado. O motivo seria o risco de inadimplência, já que caso a família seja cortada do programa ainda assim deverá arcar com o pagamento da dívida. Além da razão social, já que o crédito é visto como uma forte influencia para o endividamento dos vulneráveis.
O ministro do Desenvolvimento Social, no entanto, não deixou claro quem deverá arcar com os débitos que estiverem em aberto. Será preciso uma discussão entre o governo federal, o Tesouro Nacional e a Caixa Econômica para chegar a uma solução.