Mudanças nas tributações nacionais. Nessa quarta-feira (01), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, anunciou que irá zerar temporariamente a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito. Segundo ele, as taxações ficarão suspensas por 90 dias, de modo que possa fomentar a solicitação de empréstimos durante o período da crise.
De acordo com o secretário, a iniciativa proporcionará mais margem para que os micro empresários possam solicitar recursos as instituições financeiras. Anteriormente a decisão, o IOF voltado para o setor crediário era de 3% ao ano.
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Ele relembrou que o governo do estado, para compor a proposta, vem aumentando consideravelmente o números de linhas de empréstimo com juros ainda mais baixos. A decisão acarretará em uma despesa média de R$ 7 bilhões aos cofres da união.
“Total desoneração do IOF que incide sobre as operações de crédito. O governo vai iniciar um amplo programa de linhas de crédito diferenciadas e especiais para atender às empresas, ao setor produtivo, com juros reduzidos”, afirmou Tostes Neto.
Desse modo, espera-se principalmente que os microempresários, classe mais afetada pela crise, consiga recursos para sustentar seus negócios. Para a categoria, em específico, o governo alterou também as datas de pagamento das contribuições do Simples Nacional e reduziu as taxações obrigatórias do sistema.
Mudanças no IRPF 2020
Durante a coletiva, Tostes anunciou também a confirmação de um novo prazo para o envio do Imposto de Renda. A data prevista para o dia 30 de abril foi prorrogada até 30 de junho, ofertando mais 60 dias para os brasileiros quitarem suas dívidas.
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Segundo o secretário, a decisão foi tomada tendo em vista que apenas 27% das pessoas conseguiram enviar as declarações. Ele alegou que, com o fechamento de diversos serviços, incluindo agências bancárias e cartórios, os contribuintes estão tendo dificuldade para coletar os documentos necessário para o envio do IRPF.
“Esse diferimento, o conjunto dessas quatro contribuições, representa nos dois meses, um valor estimado de R$ 80 bilhões, e também serão injetados no fluxo de caixas desse universo de empresas por conta desse diferimento”, afirmou Tostes Neto, ponderando os gastos futuros.