Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, anunciou novas medidas que podem reduzir em até 10% o preço da conta de luz. A novidade não agradou analistas da área de energia dos maiores bancos, que logo foram em busca de explicações junto a técnicos do governo.
De acordo com o chefe da pasta, as medidas de redução na conta de luz serão oficializadas e detalhadas no próximo dia 10 de novembro. Ao contrário das demais iniciativas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro, o reajuste na tarifa de energia elétrica acontecerá somente após o segundo turno das eleições de 2022, marcado para o dia 30 de outubro.
“Quero anunciar que o Brasil continuará tendo novas reduções de [valor da] energia. Ela vai ficar mais barata, seguindo as quedas que já tivemos neste ano. Nos próximos meses, vamos anunciar medidas que vão reduzir as tarifas de energia em até 10%, já a partir do ano que vem”, disse o ministro.
No entanto, analistas alegam que o Governo Bolsonaro tem adotado uma série de medidas populistas com foco em melhorias no desempenho da campanha para reeleição.
Entre as medidas está a instituição de um estado de emergência visando burlar a lei eleitoral por meio do aumento do Auxílio Brasil e Vale-Gás, além da instituição do Auxílio Caminhoneiro e Taxista.
Conta de luz mais barata em outubro
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicou que a conta de luz permanece sem a cobrança de taxa extra. Em outubro, a bandeira tarifária verde segue vigente. A taxa está em vigor na conta de luz desde o dia 16 de abril.
“Isso significa que as condições de geração de energia no País estão boas, sem necessidade de acionar usinas que geram energia mais cara”, informou a agência.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. No final de todo mês, a agência decide a cor da bandeira para o mês seguinte.
Quando o custo da produção de energia aumenta, por exemplo, por conta do acionamento de usinas térmicas, que são mais poluentes e mais caras, a Aneel pode acionar as bandeiras amarela, vermelha patamar 1 ou 2, que representam custo extra ao consumidor.