Os dois candidatos à presidência da República têm usado as suas redes sociais para expor suas propostas caso sejam eleitos. Luís Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, compartilhou um post na última segunda-feira (10) propondo a recuperação do financiamento para obras que estão paradas. A ideia é que dessa forma mais empregos possam ser gerados no país.
Durante a publicação em que Lula sugere a retomada de obras que hoje estão paradas, ele também menciona o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), presente durante a gestão petista. Este foi um ponto estrategicamente importante para o candidato, porque seu oponente, Jair Bolsonaro (PL) não apresentou nenhuma proposta para investimento de grande escala.
Inclusive, no atual governo o direcionamento de verba pública para grandes obras foi reduzida a níveis recordes. Hoje, o foco da equipe de Bolsonaro é manter leilões para que a iniciativa privada seja a responsável por esse setor. Em entrevista ao Globo, a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, que trabalhar nas propostas de campanha de Lula para o setor de infraestrutura, deu mais detalhes.
Ela mostra que a ideia é também usar recursos privados, mas contar com o programa de concessões que o PT já informou que pretende fazer mudanças. São duas fases para esse plano, a primeira a ser desenvolvida no primeiro ano de governo, e a outra mais estratégico, mas que também começaria a partir de 2023.
“É um um grande plano de investimentos que lida com tanto com infraestrutura econômica quanto a infraestrutura urbana. É claro que a gente se inspira com aquilo que a gente já fez, com o PAC, o PIL e Minha Casa Minha Vida“, disse Belchior.
Outras propostas de Lula
No domingo, 9, enquanto participava de compromisso de campanha em Belo Horizonte (MG), Lula discursou e trouxe outras promessas. Como a criação de um novo PAC, e afirmou que vai contar com o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BB).
Devido a crise nas contas do governo, hoje o investimento em infraestrutura estão nos menores índices da história. O levantamento foi feita pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), e considerou a soma de investimento público e privado que caiu.
Em sua defesa, o governo Bolsonaro disse que não pode assumir o protagonismo no desenvolvimento da infraestrutura, e que há problemas no PAC e uma crise fiscal que se instalou no país.
“Em 2023, a ideia é retomar a retomar as obras paralisadas, acelerar aquelas que estão em ritmo lento de execução, reforçar a manutenção de rodovias federais e o Minha Casa Minha Vida. E, no setor privado, acelerar as renovações e os equilíbrios de contratos que gerem novos investimentos“, afirma o plano de Lula.