Recentemente, o governo federal aprovou um novo destino do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). A ideia é que pessoas interessadas em financiar a casa própria usando o Casa Verde e Amarela, possam usar os futuros depósitos na conta do FGTS para abater do valor das prestações. Na prática, vai funcionar como um consignado no fundo de garantia.
Hoje já é possível usar o saldo presente no FGTS para compra da casa própria. Para isso, o cidadão consegue pagar até 80% das prestações do financiamento ao usar o valor disponível no seu fundo de garantia. Ou ainda, usar a quantia para dar entrada no crédito imobiliário, seja o imóvel novo ou usado. Agora, com a nova modalidade as pessoas de baixa renda serão as mais beneficiadas.
A ideia é que ao solicitar o financiamento de um imóvel, o cidadão autorize que o que ele recebe todos os meses de FGTS seja usado para pagar as prestações. Quando o dinheiro cair na conta o banco vai debitar a quantia, sistema igual ao que hoje é feito para empréstimo consignado.
O sistema foi chamado de FGTS Futuro porque antes mesmo do depósito ser realizado na conta do cidadão, os valores já serão contabilizados como parte da renda do trabalhador, a fim de autorizar o financiamento da casa própria. O que pode aumentar o valor das prestações, logo o valor total da propriedade também pode ser maior.
Quem vai usar a nova modalidade de crédito?
Não são todos os trabalhadores que possuem saldo no fundo de garantia que poderão utilizar do FGTS do Futuro. A ideia é beneficiar as famílias que hoje não conseguem crédito porque não têm renda suficiente para adquirir os imóveis que desejam. Trata-se de:
- Famílias beneficiadas pelo Casa Verde e Amarela;
- Pessoas com renda entre R$ 2,4 mil e R$ 8 mil.
Quando o FGTS Futuro vai estar disponível
Ainda não é possível contratar crédito financeiro usando as parcelas futuras do seu FGTS. O trabalhador terá que aguardar até 2023 para que a operação tenha início, isso porque, os bancos precisam se adaptar ao novo sistema e precisam de tempo para isso.
As expectativas são de que o procedimento seja autorizado em meados de fevereiro, considerado que será preciso 120 dias entre a publicação do projeto e a adaptação dos bancos.