Pela décima primeira semana consecutiva, o mercado financeiro melhorou a previsão dos preços ao consumidor e economia para este ano. As estimativas fazem parte do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central.
Os economistas reduziram a previsão de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 6,61% para 6,40% neste ano. Há quatro semanas, o mercado previa que o aumento dos preços chegaria a 7,02% no fim de 2022.
A melhora na previsão para os preços acontece em meio à aprovação do projeto que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diversos itens — como energia elétrica e combustíveis.
No final de junho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou um projeto que impede estados de cobrarem uma taxa acima da alíquota geral de ICMS sobre variados itens. Este imposto estadual integra o preço de grande parte dos produtos vendidos no país.
Previsão de aumento dos preços segue acima da meta de inflação
Mesmo com a melhora, a previsão de alta dos preços segue acima da meta de inflação para este ano. Conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o centro da meta é de 3,5% — com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para manter a inflação dentro da meta, o Banco Central tende a aumentar a taxa básica de juros, a Selic. Desde março do ano passado, a taxa de juros saltou da mínima histórica, de 2% ao ano, para os atuais 13,75% ao ano.
Previsão do mercado para a economia
Os economistas também melhoraram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a estimativa aumentou de 2,26% para 2,39%. Há quatro semanas, o entendimento do mercado era que o indicador elevasse 2,00% no fim de 2022.
O PIB representa a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil. O indicador tem a função de indicar o crescimento econômico durante certo período.
A melhora na perspectiva acontece diante da divulgação do PIB do segundo trimestre. No período, o indicador teve um crescimento de 1,2%. Peço quarto trimestre consecutivo, a economia apresentou uma elevação. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o índice cresceu 2,5%.