Nesta quarta-feira (24), as ações do Magalu registraram forte alta. A valorização dos ativos acompanha a divulgação da prévia da inflação de agosto, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). No período, o indicador teve a maior deflação da série histórica.
No fechamento desta quarta-feira, as ações do Magalu subiram 8,43%, a R$ 4,50 na bolsa de valores. No acumulado neste mês, os ativos chegaram a valorizar 74,41%.
Apesar disso, neste ano, os papéis ainda seguem em queda, de 37,67%. De modo geral, as empresas de varejo são grandemente impactadas por questões macroeconômicas. Isso é refletido no desempenho dos ativos no acumulado anual.
Atualmente, o país enfrenta um panorama de grande juros e inflação. Estes dois pontos prejudicam fortemente os consumidores, que são os alvos dessas companhias.
Quando os juros estão altos, ficam mais altos os juros cobrados em operações de crédito. Consequentemente, há um desestímulo do consumo. Com menos vendas, as varejistas, como o Magalu, tendem a lucrar menos.
Queda recente da inflação impulsiona ações do Magalu
Contudo, recentemente, os indicadores de inflação vêm registrando queda. Nesta quarta-feira (24), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a prévia da inflação registrou queda de 0,73% em agosto. Esta foi a menor taxa desde o começo da série histórica, que começou em 1991.
A variação negativa da prévia da inflação foi influenciada pela queda dos valores dos combustíveis e da energia elétrica.
Além dos números animadores de inflação, o Banco Central vem indicando que deve encerrar, em breve, o ciclo de aumento da taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a taxa de juros está em 13,75% ao ano — a maior taxa nos últimos seis anos.
Esta sinalização da autoridade monetária vem proporcionando uma visão melhor para as companhias que atuam no setor varejista. Diante da redução da prévia da inflação, existe uma perspectiva maior de que o Banco Central promova um reajuste menor da taxa Selic.
Outro fator que chegou a atenção do mercado para as ações do Magazine Luiza foi a divulgação de um estudo quantitativo da XP, que mostra quais são os ativos brasileiros que mais são beneficiados pelas quedas dos preços. Os papéis do Magalu integram essa lista.