Na última quinta-feira (11), as varejistas Americanas, Magazine Luíza e Via divulgaram os respectivos resultados do segundo trimestre. Juntas, as três varejistas listadas na bolsa de valores tiveram prejuízo de R$ 1,62 bilhão no braço financeiro.
No mesmo trimestre do ano passado, as três empresas listada na bolsa de valores tiveram perdas acumuladas de R$ 740 bilhões no resultado financeiro líquido. O resultado financeiro se refere à diferença entre as despesas e a receita financeira.
No segundo trimestre, a Americanas teve perda financeira de R$ 555 milhões. A queda do Magazine Luíza foi de R$ 494 milhões. A Via (dona das Casas Bahia e Ponto), por sua vez, recuou R$ 574 milhões no período.
Recentemente, estas varejistas listadas na bolsa de valores têm sido fortemente impactadas pelo cenário macroeconômico adverso. Os resultados negativos das companhias acompanham a sequência de aumentos da taxa básica de juros, a Selic.
Desde março do ano passado, o Banco Central vem elevando a Selic. A taxa básica de juros saltou da mínima histórica, de 2% ao ano, para os atuais 13,75% ao ano. Neste período, foram realizados doze aumentos consecutivos. Atualmente, o indicador está no maior nível em seis anos.
Com estas altas, a autoridade monetária vem buscando controlar a inflação. Vale destacar que o aumento dos preços está em dois dígitos no acumulado dos últimos 12 meses.
Desempenho das varejistas na bolsa de valores após divulgação de resultados
Na última sexta-feira (12), os investidores repercutiram o balanço trimestral divulgado pelas varejistas. Apesar do prejuízo acumulado das três empresas, a Magazine Luíza e Via encerraram o pregão em forte alta. O Magalu subiu 17,76%, a R$ 3,58. Já a Via elevou 13,93%, a R$ 3,18.
Por outro lado, a Americanas fechou em queda de 2,41%, a R$ 12,96. Apesar disso, houve desaceleração do recuo das ações ao longo da sessão.
No caso das duas varejistas, os desempenhos mais fortes na bolsa de valores aconteceram em meio a indícios de melhora no cenário macroeconômico. inflação dos Estados Unidos perdeu força em julho. Além disso, o Banco Central apontou que tende a encerrar o ciclo de alta da taxa de juros.
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