No segundo trimestre, o lucro acumulado das empresas de capital aberto (as com ações na bolsa de valores brasileira, a B3), teve uma queda de 22,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram compilados pela TradeMap.
As 352 empresas listadas na bolsa de valores brasileira, com dados disponíveis, tiveram um lucro somado de R$ 151 bilhões no segundo trimestre. Há um ano, os ganhos tinham sido de R$ 194,4 bilhões.
Já ao desconsiderar as companhias que tiveram lucros historicamente altos (Petrobras, Vale, Braskem e Suzano), que distorcem a análise geral, o lucro acumulado pelas companhias listadas na bolsa de valores recuou 44,5% no período. Neste caso, os ganhos caíram de R$ 66,4 bilhões para R$ 36,9 bilhões.
Desempenho por setor das empresas da bolsa de valores
O levantamento aponta que, ao desconsiderar o desempenho das quatro empresas e as do setor financeiro da bolsa de valores, o segmento com maiores ganhos foi o de energia elétrica.
As 40 empresas do setor de energia elétricas, somadas, tiveram lucro de R$ 8,91 bilhões no trimestre. Apesar disso, em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 34,4%.
Outros setores mais lucrativos foram os de siderurgia e mineração, que somaram R$ 5,2 bilhões no trimestre. Contudo, na base anual, estes segmentos também acumulam perdas, de 61,6%.
Empresas com resultados históricos na bolsa de valores
Apesar de quatro grandes empresas da B3 terem resultados historicamente altos no trimestre, somente a Petrobras não registrou queda na comparação anual. Entre abril e junho deste ano, a petroleira teve ganhos de R$ 54 bilhões — ante R$ 42 bilhões de 2021. Isso representa uma elevação de 26,8%.
A Vale teve um lucro de R$ 30 bilhões no segundo trimestre. Há um ano, os ganhos da mineradora tinham sido de R$ 40 bilhões. Ou seja, houve um recuo de 25%.
A Suzano, por sua vez, registrou uma perda de 98% em seu lucro. Os números da empresa de papel e celulose recuaram de lucro R$ 10 bilhões para prejuízo de R$ 175 milhões entre 2021 e 2022.
Já a maior redução foi da Braskem, de 118%. A fabricante de plásticos teve uma queda de R$ 7,4 bilhões para R$ 1,4 bilhões na base anual.