Nesta segunda-feira (22), em leilão, a Oi vendeu oito mil torres de telefonia fixa para a Highline, por R$ 1,697 bilhão. A homologação da operação foi realizada pelo juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio. Com isso, a empresa de telecomunicações está mais próxima de concluir sua recuperação judicial.
O pagamento pelos ativos da empresa de telecomunicações Oi deve acontecer em duas parcelas. Do total, R$ 1,088 bilhão será direcionado no fechamento da operação. Já os R$ 609 restantes serão quitados até 2026.
Além da Highline, a IHS e American Tower também se inscreveram para o leilão. Contudo, as duas empresas não ofereceram lances.
Em nota, o diretor-presidente da Oi, Rodrigo Abreu, declara que a venda do lote de torres fixas “é um dos últimos eventos previstos antes do fim do processo de recuperação judicial da companhia, ao lado da formalização do processo de venda da base de assinantes DTH [TV via satélite]”.
A empresa de telecomunicações ainda declara que a venda recente possibilita a injeção de novos recursos na companhia.
A venda também oferece um potencial de aporte adicional em 3 anos, “com flexibilidade quanto ao uso e obrigações futuras de das torres vendidas, em função da evolução da sua necessidade operacional”.
A aquisição das torres de telefonia fixa da Oi ainda depende de aprovação por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Processo de recuperação judicial da Oi
Em 2016, a Oi entrou em processo de recuperação judicial. Isso aconteceu após a empresa de telecomunicações acumular, com 55 mil credores, uma dívida bruta de R$ 64 bilhões.
Em dezembro de 2020, foi apresentada uma proposta para assumir a operação de telefonia móvel da companhia. A oferta foi realizada pelo consórcio composto pela Claro, Vivo e Tim. Já em julho deste ano, foi consolidada essa venda.
Em análise, a Levante Ideias de Investimentos, alega que a venda das torres de telefonia fixa “representa um marco que simboliza o final da sua recuperação judicial”.
“Depois de tanto esforço, ela consegue finalmente se desfazer de grande quantidade de ativos que não fariam mais parte do seu core business”, complementa a Levante.
