Brasil PERDEU 1,2 milhão de empresas em um ano e RAZÕES geram discussão

País tenta se recuperar economicamente após um longo período de pandemia, que afetou negócios de todos os setores. Dados do IPC Maps aponta para uma redução no número de empresas abertas no país no último ano.

O IPC Maps 2022 é um estudo especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais. De acordo com os dados levantados, no período de abril de 2021 e abril de 2022, o país reduziu em cerca de 5,4% na quantia de empresas.

Esse índice é reflexo da lenta recuperação econômica que o Brasil vem apresentado, que afetou diretamente os empresários dos mais variados setores.

Fechamento de empresas no Brasil

O responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini, comenta esse fenômeno.

“os altos impostos associados à proliferação de MEIs e ao baixo teto de faturamento contribuíram para o encerramento das atividades”, afirma ele.

Os segmentos de Sociedades Limitadas (Ltdas.) e Anônimas (S/As) foram os que, porcentualmente, mais baixaram suas portas (11,2%).

Apesar disso, o destaque vai para o fechamento de 1.026.570 (ou 7,2%) Microempreendedores Individuais (MEIs).

O que evidencia o crescimento do empreendedorismo durante a pandemia em função da perda do emprego, bem como a ocorrência de microempreendedores fantasmas com a abertura de novos cadastros (com outros CPFs), visando driblar o teto de faturamento anual de R$ 81 mil.

O estudo mostrou que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia foram que os que mais perderam MEIs, especialmente nos setores de alimentação e vestuário.

Atualmente, das 21.127.759 empresas ativas no Brasil, quase metade (11,6 milhões) tem atividades relacionadas a Serviços. Na sequência, vem o segmento de Comércio, com 5,4 milhões; e Indústrias com 3,4 milhões. Já Agribusiness, o único setor em crescimento, possui mais de 764 mil estabelecimentos.

Por outro lado, em relação à distribuição regional de empresas, o Sudeste lidera concentrando 49,3%; seguido pelo Sul, com 18,1%; Nordeste com 17,4%; Centro-Oeste com 8,9%; e o Norte tem apenas 6% das empresas presentes no País.

Na análise quantitativa das empresas para cada mil habitantes, a pesquisa IPC Maps aponta novamente para uma retenção geral; as Regiões Sul e Sudeste seguem no topo da lista com, respectivamente, 127,8 e 121,7 empresas por mil habitantes; o Centro-Oeste aparece com 103,9 e, ainda bem abaixo da média, estão as regiões Nordeste, com 60,3, e Norte, que tem apenas 51,5 empresas/mil habitantes.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.