- Poder de compra do brasileiro não acompanha reajuste o Auxílio Brasil;
- No valor de R$ 600 é insuficiente para fazer compras de supermercado;
- Calendário de agosto foi antecipado para o dia 9.
O tempo passa e tudo está cada vez mais caro. A alta da inflação com o poder de compra reduzido compõe um cenário desproporcional, tornando o aumento do Auxílio Brasil de R$ 600 quase insignificante.
O Auxílio Brasil de R$ 600 foi instituído através da PEC dos Benefícios, promulgada na primeira quinzena de julho. O texto foi motivado pela alta constante nos preços dos combustíveis e, em meio aos trâmites de aprovação, recebeu emendas que expandiram as investidas.
O Auxílio Brasil de R$ 600 não caracteriza o primeiro reajuste no benefício. Em maio de 2022, o Governo Federal implantou o benefício permanente fixando o valor fixo de R$ 400. A quantia foi paga nos meses de maio, junho e julho.
Lembrando que, apesar do Auxílio Brasil receber algumas mudanças eventualmente, o foco é a população de baixa renda, o mesmo do antigo programa, o Bolsa Família.
Assim, milhares de famílias que recebem o Auxílio Brasil de R$ 600 usam este dinheiro como renda complementar e, em casos extremos, é a única fonte de subsistência.
O que comprar com o Auxílio Brasil de R$ 600
Com o novo ajuste, o Auxílio Brasil de R$ 600, se equiparou ao auxílio emergencial pago pelo governo durante cinco meses em 2020. No entanto, levando em conta o crescimento exponencial da inflação nos últimos dois anos, o cidadão brasileiro perdeu drasticamente o poder de compra.
De acordo com especialistas, para conseguir comprar a mesma quantidade de itens que podiam ser adquiridos com o auxílio emergencial de 2020, seria necessário fazer um novo acréscimo de R$ 170. Assim, os beneficiários deveriam receber o equivalente a R$ 770 para manter o poder de compra. Veja alguns exemplos.
Especialistas dizem que, na época do auxílio emergencial [2020], a inflação foi de 22%. Na prática, o valor do Auxílio Brasil deveria chegar a R$ 732,12. Há pouco mais de dois anos, o preço dos alimentos deu um salto nas prateleiras.
Na época, a batata-inglesa passou por um aumento de 71%, o feijão 72%, a alta do café moído foi de 84% e do óleo de soja se aproximou de 50%. Para os responsáveis pelo estudo, as famílias mais pobres são as mais prejudicadas por estes benefícios sociais.
“Se o seu processo inflacionário está pegando mais itens alimentícios, ainda mais pesado fica para quanto menor for a sua renda porque você gasta mais em alimento e com esses preços subindo, você vai ter que gastar ainda mais. Então, vai chegando ao limite de você gastar quase 100% da sua renda só em alimentação”, diz o economista Matheus Peçanha.
https://www.youtube.com/watch?v=LuI_l2F2HB4&t=1s
Cesta básica
Esse é um dos setores que mais teve alta nos últimos 3 anos. Estima-se que nesse período o aumento tenha sido de mais de 48%. Segundo especialistas, os alimentos básicos para sobrevivência do brasileiro como arroz, feijão, óleo de cozinha e leite passaram de R$ 480 em 2019, para R$ 715, neste ano de 2022.
Então, sabe-se que a parcela do Auxílio Brasil está atualmente em R$ 600 até dezembro. No entanto, há a promessa de baixar para R$ 400 a partir de 2023. Dessa forma, podemos concluir que não será possível que o brasileiro adquira nem mesmo os alimentos primordiais para a cesta básica para sua sobrevivência com a quantia.
Combustíveis
Os combustíveis fósseis como o etanol, a gasolina e o diesel aumentaram mais de 8% até maio de 2022. Há 3 anos, os brasileiros costumavam pagar pouco mais de R$ 4 no litro da gasolina, por exemplo. Em alguns meses desse ano foi possível encontrar o combustível chegando a quase R$ 8 em algumas regiões do Brasil.
Desse modo, essa alta expressiva, além de influenciar no dia a dia do brasileiro que precisa se locomover, também afeta diretamente o preço de outros produtos e mercadorias em geral.
Calendário do Auxílio Brasil em agosto
Apesar da antecipação do calendário do Auxílio Brasil, o Governo Federal manteve o padrão de pagamentos. Isso quer dizer que os depósitos continuarão a ser feitos com base no dígito final do Número de Identificação Social (NIS). Veja:
- NIS final de NIS 1 – 09 de agosto;
- NIS final de NIS 2 – 10 de agosto;
- NIS final de NIS 3 – 11 de agosto;
- NIS final de NIS 4 – 12 de agosto;
- NIS final de NIS 5 – 15 de agosto;
- NIS final de NIS 6 – 16 de agosto;
- NIS final de NIS 7 – 17 de agosto;
- NIS final de NIS 8 – 18 de agosto;
- NIS final de NIS 9 – 19 de agosto;
- NIS final de NIS 0 – 22 de agosto.