Motoristas de aplicativo enfrentam dificuldades mediante a pandemia do Covid-19. As últimas semanas vem sendo de perca financeira inclusive para motoristas de Uber, com a chegada do coronavírus no país, os condutores estão sendo obrigados a trabalhar em situações de risco, ficando sujeitos a contaminação. Mediante a situação, a marca anunciou uma medida para beneficiar a classe.
Nessa terça-feira (17), a Uber informou que, aqueles motoristas que estão doentes apresentando os sintomas da pandemia, continuarão sendo remunerados mesmo tendo deixado suas atividades. O pagamento será calculado de acordo com a média de rendimento obtida nos últimos seis meses e será depositado direto em suas contas.
Leia também: Dívida ativa de empresas e pessoa física serão estendidas e negociadas
Essa foi a primeira ação tomada pela marca, realizada após relatos de trabalhadores que estavam circulando com os vidros dos carros abertos e distribuindo álcool em gel para os passageiros.
Na plataforma, conforme uma entrevista realizada pelo UOL, há uma série de motoristas da Uber que têm o serviço como única fonte de renda, ficando impossibilitados de parar de rodar. Como forma de incentivo aos passageiros, a Uber vem ofertando códigos de desconto, para que eles circulem por suas cidades.
No entanto, é válido ressaltar que a promoção acaba por violar a quarentena recomendada pelo ministério da saúde e organização mundial da saúde, além de pôr em risco os trabalhadores e clientes.
Situação dos autônomos na crise
Segundo dados do próprio governo federal, o país contabiliza mais de 38,4 milhões de trabalhadores informais. Dessa quantia, cerca de 24,2 milhões são autônomos, incluindo os motoristas de aplicativo.
Leia também: Bolsa alimentação criado pelo governo do DF é liberado!
Para esse grupo, o ministério da economia informou, nessa quinta-feira (19) que irá liberar um valor de R$ 200. Terá acesso ao pagamento aqueles que estão registrados no Cadastro Único, mas não acumulam nenhum outro benefício governamental.
Quanto ao pagamento, especialistas afirmam que o valor não será o suficiente e que a equipe do ministro, Paulo Guedes, deverá reavaliar a proposta de modo que aumente a quantia. É o que alega Bruno Ottoni, pesquisador da consultoria IDados, ao comentar sobre a estratégia.
“Parece que o governo está começando a compreender a gravidade da situação, a começar pelo pedido de decretação de calamidade pública ao Congresso. Porém, como esses indivíduos serão cadastrados e, no caso dos ‘desbancarizados’, como receberão o benefício? Sem um cadastro prévio, como saber quem realmente está perdendo a renda?”, questionou.
O projeto, já aprovado pela Câmara, determina que o pagamento deverá acontecer pelos próximos três meses e poderá se estender a depender da contenção da doença.