O Plenário recebe nesta terça-feira, 28, o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), do relator senador Fernando Bezerra (MDB-PE). O texto propõe a criação de um auxílio aos caminhoneiros no valor de R$ 1 mil, que serão pagos até dezembro deste ano. Descubra como deve ser o cadastro para recebê-lo.
O auxílio dos caminhoneiros, caso aprovado, vai começar do zero. Isso significa que hoje no país não existe nenhum pagamento equivalente a esse, por isso todas as regras deverão ser criadas. A começar dos requisitos para ser beneficiado.
A única informação disponível é que 900 mil pessoas devem receber o benefício. Mas, diferente do Auxílio Brasil e vale gás, que além de já funcionarem no país ainda usam como porta de entrada o CadÚnico. O voucher dos caminhoneiros deve ter outros métodos.
Cadastro do auxílio dos caminhoneiros
De acordo com uma matéria produzida pelo jornal Folha de S. Paulo, o governo deve usar das informações de cooperativas para cadastro dos beneficiados. E os cadastros do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC).
Neste caso, se o RNTRC for usado para contabilizar os beneficiados com o auxílio dos caminhoneiros, algumas informações ficarão desencontradas. Isso porque, os dados ali registrados não são atualizados desde o ano de 2007.
Dessa forma o governo vai se deparar com algumas situações. Por exemplo, o fato de que profissionais que em 2007 trabalhavam na área, agora podem não ter mais vínculo com a classe, mas receberão o auxílio.
Outra situação é daqueles que começaram a prestar serviços como caminhoneiros, mas fizeram seu cadastro nesta base, e então deixarão de receber a ajuda.
O Estadão levantou que até mesmo veículos como kombi e furgão poderão ser inclusos, pois fazem parte deste cadastro. Existem 1,15 milhão de inscrições ativas nesta base de dados.
Para saber exatamente como funcionará a inscrição no auxílio dos caminhoneiros, é necessário aguardar a entrega do texto e a sua possível aprovação.
O benefício vem como forma de tentar aumentar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) com os caminhoneiros. A classe trabalhadora sempre mostrou apoio ao presidente, mas devido a alta no valor dos combustíveis essa relação se estremeceu.