Na semana passada, o preço máximo da gasolina nos postos do país chegou a R$ 8,990 por litro. Uma semana atrás, o maior valor encontrado tinha sido de R$ 8,490. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta terça-feira (21).
O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 18 de junho. Sendo assim, a pesquisa não considera totalmente o reajuste promovido recentemente pela Petrobras em suas refinarias. Desse modo, a tendência é que os valores para a gasolina estejam ainda maiores na próxima coleta da ANP.
Com relação ao preço médio cobrado pelos postos no país, foi observada uma queda de 0,21%. O valor médio caiu de R$ 7,242 para R$ 7,232.
Se por um lado, o maior preço encontrado foi de R$ 8,990 na semana passada, o menor foi de R$ 6,170. Para realizar a pesquisa, a Agência apurou os valores em mais de cinco mil postos de combustíveis espalhados pelo país.
No acumulado deste ano, o preço da gasolina já aumentou 9,14% nos postos, segundo a ANP. Outros combustíveis também registram alta em 2022. O valor do diesel subiu 35,97%. O etanol elevou 8,01% no ano.
Petrobras aumenta preço da gasolina em 5,18%
Na última sexta-feira (17), a Petrobras anunciou novo aumento no preço da gasolina vendido às distribuidoras. A partir de 18 de junho, o valor médio de venda para esse combustível passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Isso representa um reajuste de 5,18%.
A estatal também elevou o preço do diesel para as distribuidoras, de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Neste caso, o aumento foi de 14,26%.
A última elevação no valor da gasolina tinha sido em 11 de março. No caso do diesel, não havia um reajuste desde 10 de maio.
Vale destacar que o preço final dos valores dos combustíveis nos postos ainda depende de outros fatores, como impostos e margem de lucro de revendedores e distribuidores.
Após o reajuste feito pela estatal, o então presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, renunciou ao cargo. Diante dessa saída, o presidente Jair Bolsonaro terá o quatro comandante da empresa indicado por ele.
No momento, mesmo com a troca no comando da estatal, os preços da gasolina se mantêm. Na visão da deputada Talíria Petrone (PSOL), não adianta apenas mudar a presidência da Petrobras — para solucionar o problema dos valores.
Segundo ela, “mudar o comando não vai adiantar se não mudarmos essa política para abaixar, de verdade, o preço da gasolina”.