Orçamento do brasileiro para combustíveis subiu 14%; o que fazer para alivar o bolso?

Pontos-chave
  • Gastos do brasileiro com transporte, compras, internet, entre outros, subiu
  • Já com alimentação os gastos foram reduzidos
  • Confira dicas especais para aliviar o bolso

Em março deste ano, segundo uma pesquisa realizada pelo PicPay, os brasileiros gastaram 14% a mais com transportes do que em dezembro de 2021. Em média, o gasto com este item pulou de R$271 para R$310 no período pesquisado, em decorrência, principalmente, do aumento no preço dos combustíveis. A pesquisa foi divulgada nesta segunda, 20.

Também cresceram os gastos em compras e em internet, telefone e TV. Nas compras, foi registrada uma alta de 12% no valor gasto, ou seja, em média, o valor gasto subiu de R$203 para R$227, ao passo que as despesas com TV/Internet/Telefone passaram de R$ 92 para R$ 125, um um aumento de 35%.

Falando sobre alimentação, aqui o cenário foi diferente. O brasileiro gastou menos R$103  ao mês nesta categoria, uma redução de 14% no trimestre. No último mês do ano passado, os brasileiros gastaram em média R$ 731 com bares, restaurantes e supermercados, já no mês de março de 2022, o gasto caiu para R$ 628. 

De acordo com a pesquisa, esta queda no consumo pode sinalizar uma tentativa de equilibrar as contas diante da inflação, o efeito sazonal ou uma redução do poder de compra dos consumidores.

Outro ponto em que aconteceu um corte de gastos foi na educação, com 18%. Em dezembro, foram gastos R$246 em educação, montante que caiu para R$202 em março. 

A pesquisa teve como base a análise de cerca de 760 mil contas de usuários que compartilharam seus dados bancárias através do marketplace financeiro da PicPay, que possui mais de 30 milhões de usuários ativos.

Dicas especiais para aliviar o bolso

De início, é importante saber exatamente o quanto você ganha por mês e quanto gasta, de acordo com as dicas do educador financeiro do C6 Bank, Liao Yu Chieh.

Para conferir estas questões, Liao aconselha que os consumidores anotem tudo o que entra e o que sai e separe os gastos em categorias como lazer, educação, alimentação, etc. Se esta conta acabar não fechando, ele recomenda que sejam identificados e cortados da lista de gastos tudo que for considerado supérfluo ou que possa ser jogado para frente.

“Ao anotar seus gastos, talvez você perceba que pode economizar na conta de celular para ter uma proteína melhor no prato ou trocar um delivery caro por um carrinho mais cheio no supermercado. Depende da realidade de cada um. O objetivo é saber no que está gastando para tomar melhores decisões e evitar compras por impulso que pesam no final do mês”, sugere ele ao Valor Investe.

Liao também recomenda que os consumidores façam pesquisa de preços. Esta dica pode parecer óbvia, no entanto, é muito válida para aquelas pessoas que tem o costume de comprar no impulso. “Passou na frente da loja e gostou do produto? Pesquise o preço dele em outros lugares. Além da possibilidade de encontrar um preço menor, você ganha tempo para pensar se precisa mesmo”, disse ele.

Sabe quando a gente espera para comprar algo que queremos e descobrimos que não precisava tanto daquilo? Esta é uma recomendação do educador que é válida para compras feitas em lojas que a pessoa passa com frequência, como lojas perto de casa e do trabalho ou na internet.

“Quando você espera um dia, acaba tendo consciência de que não precisava ter comprado aquele item que levou no dia anterior. Isso não vale para compras em lugares que você frequenta pouco ou sabe que não vai mais voltar lá”, explica ele ao Valor Investe.

Dicas para economizar combustível

  • Calibre os pneus de maneira correta

Confira no manual do carro qual é a pressão recomendada para os pneus, que pode variar de eixo para eixo e de acordo com a carga transportada.

  • Sempre confira o alinhamento das rodas

Rodas desalinhadas são outro fator que causam o aumento no consumo de combustível e  contribuem para o desgaste prematuro dos pneus.

É recomendado que o alinhamento seja conferido a cada 10 mil quilômetros rodados ou quando o motorista percebe que o veículo está “puxando” para um lado ou outro.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.