- Johnny Depp sai vitorioso do tribunal
- Amber Heard terá que pagar o montante de US$15 milhões para o seu ex-marido
- Entenda o início do caso
Nesta semana, o júri do Tribunal do Condado de Fairfax condenou a atriz Amber Heard a pagar o montante de US$15 milhões para o seu ex-marido Johnny Depp em decorrência do processo de difamação que foi movido pelo ator. Porém, Amber terá que desembolsar pouco mais de US$8 milhões.
Os jurados decidiram dividir a indenização em US$ 10 milhões como medidas compensatórias pela difamação de Depp e outros US$ 5 milhões como medidas punitivas. Ao finalizar a leitura do veredito, a juíza Penney Azcarate reduziu este último valor. Obedecendo o teto máximo para indenizações de caráter punitivo no estado, o valor foi reduzido para US$ 350 mil.
O ator Johnny Depp também foi condenado a pagar US$2 milhões por difamar a atriz Amber Heard. Por conta disso, o valor que ela teria que pagar foi reduzido ainda mais, chegando a US$8,35 milhões.
Indenização
Johnny Depp saiu vitorioso em suas três alegações de difamação contra sua ex-mulher. Segundo a defesa de Depp, Amber o difamou em três pontos de um artigo que foi publicado pelo jornal “Washington Post” em 2016.
Foram considerados como difamação pelo júri a parte em que a atriz diz que falou “contra a violência sexual – e enfrentei a ira da nossa cultura”; outro trecho em que ela afirma que “dois anos depois, eu me tornei uma figura pública representando o abuso doméstico, e senti a força da ira de nossa cultura contra mulheres que denunciam”; e ainda, o trecho do artigo em que ela diz que “eu tive o raro ponto de vista, em tempo real, como as instituições protegem homens acusados de estupro.”
Por conta da vitória de Depp nestas três afirmações, o júri fixou a indenização a ser paga por Amber Heard em US$ 10 milhões (medidas compensatórias) e US$ 5 milhões (medidas punitivas). O último valor foi diminuído pela juíza Penney Azcarate a US$ 350 mil para obedecer o limite no estado da Virginia.
A atriz venceu em somente uma das três alegações que fez. No entendimento do júri, a afirmação que foi feita por um dos advogados de Depp de que uma visita da polícia à casa do casal foi uma “emboscada, uma farsa” iniciada por ela, foi tida como difamação.
Por conta disso, Amber receberá US$ 2 milhões em medidas compensatórias, no entanto, não haverá indenização por medidas punitivas.
Entenda o caso
Os atores Johnny Deep e Amber Heard começaram o namoro em 2012, após se conhecerem nas gravações do filme “O Diário de um Jornalista Bêbado”. O casal então se casou em 2015.
Já no ano seguinte, o casamento chegou ao fim com a atriz pedindo o divórcio e uma medida protetiva ao comparecer em um tribunal de Los Angeles com a bochecha machucada.
Ela afirmou que Depp a atacou “violentamente” e jogou um telefone celular em seu rosto com “força extrema”.
Ela também alegou assédio. Em documentos judicias, Heard alegou “abuso emocional, verbal e físico excessivo, agressões raivosas, hostis, humilhantes e ameaçadoras”. O ator negou todas as acusações.
Um juiz concedeu a ela uma medida protetiva temporária, porém horas do pedido ser julgado, os atores divulgaram uma declaração conjunta dizendo que haviam resolvido a situação.
Depois disso, Depp processou a atriz em decorrência do artigo de opinião que ela escreveu em 2018 no jornal “The Washington Post”.
“Senti toda a força da ira que nossa cultura nutre pelas mulheres que se manifestam”, escreveu ela no texto. “Tive a oportunidade de ver, em tempo real, como as instituições protegem os homens acusados de abuso.”
A atriz não mencionou o nome de Johnny Depp ou de qualquer outra pessoa, no entanto, de acordo com a defesa do ator, o artigo configurou difamação e foi responsável por abalar a carreira e prejudicar “incalculavelmente” a reputação dele. Depp pediu S$ 50 milhões (R$ 240 milhões) de indenização.