Economia brasileira dá indícios de recuperação. Nessa semana, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relevou que o PIB nacional cresceu em 1%. De acordo com o levantamento, foi possível contabilizar R$ 2,2 trilhões ao longo do primeiro trimestre. Acompanhe.
Nos últimos meses, a população brasileira está cansada de ouvir que o país está vivenciando uma das maiores crises econômicas de sua história. Com a inflação em constante crescimento, os dados do IBGE ainda puderam identificar uma recuperação mínima de 1% no PIB nacional.
Em comparação com o primeiro trimestre de 2021, quando o Brasil vivia um dos períodos mais intensos do novo coronavírus, o PIB nacional voltou a crescer. O principal motivo é a reabertura do comércio e demais setores econômicos que estavam há meses paralisados devido as medidas de contenção do vírus.
Desenvolvimento por setores
O levantamento apontou ainda que o setor que mais cresceu foi justamente o de serviços, em 1%. A indústria teve variação de 0,1%. A agropecuária recuou 0,9% no período. O consumo das famílias, por sua vez, variou 0,7%, enquanto que a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,5%.
Perspectivas para o futuro da economia
Apesar da evolução de 1%, ainda não há boas previsões para a recuperação total e redução da inflação. O país permanece com salário mínimo abaixo da média necessária para sustentar suas famílias.
Com relação a cesta básica, os alimentos estão em alta continua. De acordo com os levantamentos do Dieese, em abril, entre os 13 produtos que compõem a cesta básica, 12 tiveram aumento nos preços médios na comparação com março: batata (24,15%), tomate (16,09%), leite integral (9,21%), óleo de soja (8,29%), feijão carioquinha (7,43%), farinha de trigo (5,78%), arroz agulhinha (4,43%), café em pó (2,52%), pão francês (2,39%), carne bovina de primeira (2,23%), manteiga (1,04%), açúcar refinado (0,71%). Somente a banana apresentou taxa negativa (-0,65%).
Já levando em consideração os últimos 12 meses, também foram registradas elevações em 12 dos 13 produtos da cesta: tomate (125,26%), batata (78,62%), café em pó (74,08%), açúcar refinado (44,26%), óleo de soja (31,82%), manteiga (23,09%), farinha de trigo (20,12%), leite integral (19,83%), banana (16,35%), pão francês (15,86%), feijão carioquinha (13,69%) e carne bovina de primeira (9,69%). Apenas o arroz agulhinha acumulou taxa negativa (-10,09%).