As pessoas que estavam esperando concurso do INSS, terão que aguardar por mais um tempo. Isso porque Leonardo Rolim, novo presidente do INSS, falou sobre o assunto dizendo que “Vamos precisar fazer concursos, mas agora não é o momento.”
O concurso do INSS é um dos mais urgentes do Poder Executivo Federal, já que conta com uma falta grande de pessoal atualmente.
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O Instituto espera desde 2018 o aval do Ministério da Economia para que possa preencher por volta de 7.888 vagas que exigem níveis médio e superior.
Rolim ao ser entrevistado pelo jornal O Globo, explicou que o Instituto está passando por um processo de transformação digital.
“Estamos em um processo de transformação digital. Concluindo esse processo, vou saber qual é o perfil de servidor que preciso e qual é o quantitativo. A partir daí, vejo o que vai acontecer nos próximos anos de aposentadoria e faço um planejamento de concursos. Vamos precisar fazer concursos, mas agora não é o momento”, disse Rolim na entrevista.
O objetivo do INSS é se transformar em uma grande agência social do governo que seja plenamente capaz de fornecer serviços de previdência e trabalho.
Para tornar isso realidade será necessário a contratação de servidores qualificados e de concursos, embora não seja agora o momento de fazer novos processo seletivos.
Rolim falou também sobre os motivos que fizeram o INSS chegar nesse caos atual que acontece nas agências da Previdência Social em todo o Brasil. Ele segue dizendo que o Brasil foi envelhecendo, e as mudanças tecnológicas que estão acontecemos, passaram consequentemente a exigir mais.
“Aquele modelo antigo começou a ficar defasado. Entre 2015 e 2016, o prazo médio de agendamento para atendimento estava entre 50 e 60 dias e, em alguns estados, chegava a seis meses. Esse problema culminou com a greve em 2015, e a solução dada pela ex-presidente Dilma Rousseff foi algo irresponsável, o principal problema do estoque temos hoje.”
Ele falou mais sobre a falta de pessoa, e admitiu que este é um dos motivos que provocaram o caos na Previdência.
“Uma grande quantidade de servidores tirou férias ou entrou em licença prêmio, o que reduziu a quantidade de pessoas trabalhando. Além disso, como a gratificação deixou de ser aplicada, e todo mundo passou a receber 100%, independentemente de performance, houve uma acomodação natural”, explicou.
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O último concurso do INSS realizado para a contratação de técnicos e analistas foi no ano de 2015. Na ocasião, foram oferecidas 950 vagas, considerado muito baixo perante o déficit que já acontecia na época. Já para médicos peritos a ultima seleção ocorreu em 2011 e ofertou 375 vagas.