Nesta terça, 24, Jair Bolsonaro afirmou a Adolfo Sachsida, o novo ministro de Minas e Energia, que está disposto a trocar novamente tanto ele como também o novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, caso os preços dos combustíveis não caiam.
Esta afirmação do presidente aconteceu no encontro entre ele e Adolfo no Palácio do Planalto, de acordo com o que Bolsonaro relatou aos líderes governistas.
Bolsonaro disse aos aliado que o Bento Albuquerque, o antecessor de Sachsida no comando da Petrobras, foi demitido por conta do “descontrole da Petrobras” a respeito dos preços do diesel e da gasolina.
“Ele admitiu que não tinha controle sobre a Petrobras e eu não posso deixar a minha reeleição nas mãos de burocratas da empresa”, afirmou ele.
O presidente afirmou que a reeleição é sua prioridade absoluta e que vale o mesmo pensamento para a questão dos preços dos combustíveis e para a energia elétrica. “Não podemos deixar os preços dispararem neste momento, depois a gente vê como faz”, disse.
As declarações do presidente foram feitas ao tratar da votação do projeto que determina o teto para cobrança do ICMS sobre energia e combustível no Congresso. O governo esperava que o texto fosse aprovado ontem, 25, na Câmara e, depois, também no Senado.
Adolfo Sachsida admitiu em uma conversa com líderes governistas que o governo pode ser favorável a um teto de 17%. Porém, uma aprovacão definitiva precisa de uma negociação entre o Congresso e os governadores que seja suficiente para estabelecer uma compensação aos estados pela perda de arrecadação de ICMS.
Aumentou de preços causou saída de ministro
O presidente Bolsonaro tirou Bento Albuquerque do comando do Ministério de Minas e Energia após atacar a política de preços adotada pela Petrobras, que é ligada à pasta. Albuquerque saiu da chefia do ministério em 11 de maio.
A estatal tinha anunciado dois dias antes da saída de Albuquerque, um aumento de 8,87% no preço do diesel nas refinarias. Nos postos, o preço do diesel cresceu 96% ao longo do governo Bolsonaro, de acordo com o levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A Petrobras pratica preços atrelados à cotação internacional do petróleo e ao dólar. Quando eles sobem, os preços dos combustíveis sobem junto.