Para quem busca uma boa dica de economia, as lojas que vendem roupas ‘por quilo’ são a nova moda do momento. O modelo de negócio já comum em outros países tem se popularizado no Brasil.
As lojas funcionam no esquema de ‘garimpo’ em que os clientes procuram por peças em meio a pilhas de roupas, brechós por quilo também têm sido cada vez mais comuns de encontrar. A novidade ganha espaço na retomada do setor após a pandemia com as dificuldades financeiras em que muitos brasileiros se encontram e por isso buscam por formas mais acessíveis de consumo.
Atualmente mais comum em brechós na Europa, comprar roupas por quilo é coisa de brasileiro. Isso porque, o famoso ‘quilinho’ foi uma invenção nacional nos anos 1980, período em que a inflação também se encontrava em alta.
A venda dos produtos por quilo, anteriormente se restringiam ao vestuário infantil, além de artigos de cama, mesa e banho, já hoje, o varejo oferece uma variedade de peças muito maior, sendo possível encontrar desde roupas mais leves, até jeans, jaquetas e casacos.
Alta da inflação e a nova forma de consumir no setor vestuário
Com a crise econômica intensificada pela pandemia, o brasileiro retoma a vida agora com menos dinheiro e poder de compra, em decorrência da alta da inflação. Por isso, novos métodos de consumo passam a fazer parte da rotina nacional, uma delas é a compra de roupas por quilo na tentativa de economizar.
Os preços mais baixos são o maior atrativo para esses consumidores. Nos últimos 12 meses, até abril, foi constatado pelo IPCA-15 que as roupas se tornaram 16% mais caras no varejo.
Um exemplo que pode ser dado é o de uma calça jeans no varejo que custa o valor mínimo de R$ 100, enquanto na venda por quilo, duas calças jeans custam R$ 25. O preço do quilo pode variar a depender da coleção ou da loja, tendo sido esse apenas um exemplo comparativo.
Muitas lojas optam por utilizar o modelo de vendas para se desfazer de coleções mais antigas que ficaram paradas durante o período da pandemia.