Americanas sofre ataque hacker e perde quase R$ 1 bilhão

Em decorrência do ataque hacker que paralisou as vendas nos sites e aplicativos das Americanas no fim de fevereiro deste ano, a empresa perdeu R$923 milhões em vendas. O ataque provocou cinco dias de operação instável ou que tirou completamente do ar as plataformas da companhia. O montante perdido está descrito no relatório de resultados do grupo na linha “incidente de segurança (perda de venda)”.

O montante citado superou as projeções de consultores. Eles haviam estimado a perda com base em vendas passadas da empresa, e a Americanas está crescendo ao longo deste ano de maneira mais rápida.

Em uma teleconferência com analistas realizada na última sexta, 13, a empresa citou o acontecimento quando se referiu à divulgação do dado em seu balanço, e afirmou que logo depois da retomada da operação normal dos sites e aplicativos, , o fluxo de compradores voltou rapidamente, mostrando a força dos canais, falou o diretor Raoni Lapagesse.

De acordo com ele, a companhia vem obtendo, desde o terceiro trimestre, uma aceleração acima do ritmo de crescimento da concorrência e a Americanas vem se beneficiado de um portfólio de produtos mais resistentes à crise, como alimentos e bebidas.

Os analistas destacaram que a base de comparação da Americanas está crescendo, o que deixa a expansão de 2022 destacada no balanço. No primeiro trimestre do ano passado, as vendas totais cresceram 90%).

“Somos menos dependentes de tíquetes altos e no primeiro trimestre, já com inflação e juros mais altos, conseguimos crescer, mesmo com o incidente de segurança, acima de outros ‘players’”, afirmou Raoni.

Entre os meses de janeiro a março, as vendas totais da empresa, englobando as lojas físicas e digital, saltaram 21,7%. Quando consideramos apenas as vendas que foram efetuadas no comércio eletrônico, o crescimento foi de 20%. O Mercado Livre cresceu 23% em termos de vendas da plataforma (pela internet) no país.

Americanas

Americanas S.A. é uma holding brasileira que atua principalmente no segmento de varejo. Fundada em 1929 em Niterói, no Rio de Janeiro pelo austríaco Max Landesmann e pelos norte-americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger, a companhia conta atualmente com mais de 3800 estabelecimentos físicos de venda em todo o Brasil, além de possuir quatro e-commerce.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.