MOGI DAS CRUZES, SP — Nesta quarta-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central) aumentou a taxa Selic em 1 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros subiu de 11,75% ao ano para 12,75% ao ano. A decisão foi tomada de forma unânime.

A decisão recente representa o décimo aumento consecutivo na taxa básica de juros. A nível atual da Selic é o maior desde fevereiro de 2017. Na ocasião, o índice estava em 13% ao ano.
Na reunião anterior, o Copom também havia subido a taxa de juros em 1 ponto percentual. Neste período, o Comitê já tinha informado que repetiria a dose para a Selic. Diante disso, a medida tomada nesta quarta-feira já era esperada pelo mercado.
O ciclo de aumento na taxa Selic acontece desde março do ano passado. No entanto, diante da inflação persistente, o Banco Central vem aumentando o índice — para tentar controlar os preços.
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, chegou a 1,73%. Esta foi a maior taxa para o mês desde 1995, quando tinha registrado 1,95%.
A inflação vem acontecendo, principalmente, por conta da elevação nos preços de alimentos e combustíveis.
Banco Central deve subir novamente a Selic na próxima reunião
Em comunicado, o Comitê indicou ser “provável” aumentar a Selic novamente na próxima reunião, marcada para os dias 14 e 15 de junho. Apesar disso, a taxa básica de juros deve subir em “menor magnitude” em relação ao reajuste recente — de 1 ponto percentual.
O Copom entende ser “apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista”.
O Comitê alega que a inflação, que afeta o poder de compra dos consumidores, “seguiu surpreendendo negativamente”. Diante dessa situação, os representantes informaram que as estimativas e premissas passar a ter um nível de incerteza “maior do que o usual”. O Comitê prevê a inflação para este ano seja de 7,3%.
De acordo com o Copom, o aumento da inflação é puxado por, especialmente, dois motivos:
- Aumento de preços difundida em todo o mundo, devido à guerra na Ucrânia e pandemia de coronavírus;
- Incerteza de investidores sobre o cumprimento das regras fiscais do país, por parte do governo.