O número de bitcoins depositados nas corretoras de criptoativos está no menor patamar desde agosto de 2018. Os dados foram concedidos pela empresa de análise de blockchain Glassnode, e divulgados pela CoinDesk.
Na semana passada, existiam 2,49 milhões de bitcoins mantidos em exchanges. Em comparação à última contagem, houve uma queda de 20 mil criptomoedas, ou US$ 789 milhões.
Neste ano, o número de criptos nas corretoras reduziu em 138 mil. Isso representa uma queda de 5%.
Significado do movimento de manter bitcoins nas exchanges
Essa tendência, de redução de bitcoins nas corretoras, indica que o “HODLing” continua sendo a estratégia favorita do mercado. Essa síria significa comprar e manter uma crptomoeda.
Geralmente, quando pretendem manter por um longo prazo, os investidores assumem a custódia direta dos ativos. Desse modo, uma redução na quantidade de bitcoin nas corretoras representa menos moedas disponíveis para venda — e possível rali de preços prolongado.
Segundo o boletim de inteligência de mercado da Blockware Solutions, divulgado na última sexta-feira (15), “por baixo da superfície, há uma fase pesada de acumulação na cadeia”.
Um cenário otimista também tem sido observado por outras métricas. Por exemplo, a porcentagem de bitcoin inativo por pelo menos um ano chegou a um recorde de 63,7% recentemente.
Ao mesmo passo, na semana passada, os grandes investidores (baleias) acumularam 1 mil criptos. Esta foi a primeira elevação semanal desde janeiro deste ano, de acordo com a Blockware Solutions.
O movimento de manter bitcoin tende a ser visto como positivo pelos investidores. Isso porque há menos moedas prontas para serem negociadas. Consequentemente, há menos possibilidades de alta da oferta de bitcoin no mercado — e também de sua redução dos preços.
Desempenho recente dos bitcoins
Apesar disso, na manhã desta segunda-feira (18), o bitcoin recuou para os US$ 38,5 mil. Este foi o menor valor dos últimos 30 dias. No acumulado anual, a criptomoeda passou a registrar uma redução acima de 15%.
Possivelmente, a pressão de venda aconteceu diante de fatores fiscais e de macro traders liquidando participações — seguindo um derretimento contínuo nos rendimentos de títulos do governo e possivelmente um aperto por parte do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).