O Seguro Cyber é uma modalidade cada vez mais contratada. No Brasil e no mundo, empresas de todos os portes investem na prevenção contra ataques hackers.
A vulnerabilidade no ambiente virtual tem se tornado cada vez mais uma preocupação para as companhias. Somente em 2021, o seguro cyber está entre os produtos cuja procura mais cresceu. A projeção de crescimento da corretora de seguros Finlândia, é de 30% de crescimento no volume de apólices em 2022.
Crimes digitais cada vez mais recorrentes
O ano de 2021 foi marcado pelo crescimento do número de crimes digitais, sendo o vazamento de informações sigilosas, sequestro de dados e invasões de sistemas, as principais modalidades.
A PSafe, companhia brasileira que atua na área de segurança digital, registrou entre os meses de janeiro e novembro cerca de 41 milhões de bloqueios de malware, softwares que invadem redes de TI das empresas para realizar o sequestro de dados. Foram em média 122 mil ataques por dia, que resultaram em mais de 600 milhões de dados vazados e 44,5 milhões de tentativas de golpes virtuais de estelionato
Seguro Cyber é tendência de mercado
Em um mundo cada vez mais digital, empresas buscam garantir maior segurança de seus dados, o seguro cyber é uma alternativa para proteger as empresas de invasões no ambiente digital, protegendo das perdas geradas pelos ataques cibernéticos.
Os ataques que acarretam em perdas financeiras para as companhias aumentaram significativamente em 2021 em decorrência do aumento dos riscos e sinistros.
Por essa razão, de acordo com a Susep, os prêmios de seguros cibernéticos entre janeiro e outubro de 2021 ultrapassaram os R$ 82 milhões, superando 2020 em R$ 50 milhões.
De acordo com a superintendente da Área Técnica e Novos Negócios da Finlândia, Kamila Souza conta que a expectativa é de que os números sigam subindo. “E a tendência é que continue crescendo este ano. Para 2022, nossa expectativa é de um aumento de 30% no volume de contratos cyber na Finlândia, em relação a 2021”, diz Kamila.
Investimento em segurança digital
Os ataques de hackers podem resultar em perdas que vão além dos dados vazados e das perdas financeiras, a imagem da empresa pode também ser comprometida, um dano ainda mais difícil de solucionar.
De acordo com Kamila, os seguros contra ataques cibernéticos funcionam no Brasil há pouco mais de uma década e em 2019 aconteceu o desmembramento do ramo que passou a ter a própria carteira de responsabilidade civil em decorrência da LGPD. “Porém, é preciso desmistificar que a adesão a esse produto não é uma exigência da LGPD, que regulamenta uma política nacional de segurança sobre dados pessoais sensíveis e sigilosos nas organizações. O seguro minimiza as perdas financeiras oriundas de ataques cibernéticos”, diz Souza.
Entre os setores que mais têm contratado serviços de seguro cyber, estão o atacadista, varejo, financeiras, indústrias, telecomunicações, construção civil, educação EAD, Call centers, TI, entretenimento e outros.