Na última quinta-feira (24), nos Estados Unidos, foi lançado o ETF Return On Character (ou Retorno por caráter, na tradução livre). Este investimento é composto por empresas, exclusivamente, baseado no comportamento de seus líderes. Executivos como Mark Zuckerberg e Elon Musk ficaram de fora.
A gestora do ETF (fundo de índice), ROC Investments, argumenta que, consistentemente, o mercado precifica mal o valor do “caráter excepcional” no longo prazo. Isso ocorre por não medi-lo.
A responsável pelo Return On Character desenvolveu uma estratégia baseada no caráter de liderança corporativa. Em comunicado, a gestora alega que “a estratégia central será identificar e comprar empresas norte-americanas com comportamento de gestão que exemplifique o mais alto nível de caráter”.
A gestora estabeleceu quatro pilares do modelo criado: integridade, responsabilidade, perdão e compaixão. A aplicação cobra taxa de administração de 0,49% ao ano.
À Bloomberg, o fundador da ROC Investments, Dan Cooper, informa que o fator que estabelece as ações presentes no ETF é a pesquisa realizada pela empresa. Ou seja, não são considerados o valor de mercado ou a popularidade.
O levantamento considera a linguagem pública dos CEOs de aproximadamente mil das maiores companhias dos Estados Unidos.
Composição da carteira do novo investimento Return On Character
A companhia informa que a carteira será composta por 75 a 150 ações com os maiores “escores de caráter”. Anualmente, será realizada a revisão. A cada trimestre, a gestora revisará o peso de cada papel.
Destas companhias presentes na carteira do ETF, as com maiores participações são: Apple, sob a liderança de Tim Cook (6,60%); Microsoft, sob a liderança de Satya Nadella (6,26%); e Amazon, sob a liderança de Andy Jassy (4,53%).
Algumas empresas de líderes bastante conhecidos ficaram de fora da lista. Este foi o caso da Tesla, de Elon Musk; e Meta (antigo Facebook), de Mark Zuckerberg. Os dois executivos estão associados a polêmicas.
Musk teve o nome envolvido em problemas com reguladores de mercado. isso por conta da publicação de informações não públicas da companhia via redes sociais. Já Zuckerberg tem sido ligado a denúncia sobre saúde mental e privacidade dos usuários do Facebook.