O LinkedIn acaba de mudar a sua política interna e passa a aceitar anúncios de vagas voltadas exclusivamente para pessoas negras. Decisão da plataforma veio após pressão do Procon de São Paulo e do Ministério Público Federal.
Na última semana a plataforma profissional LinkedIn havia excluindo um anúncio de vagas de emprego exclusiva para candidatos negros; agora, a plataforma recuou e modificou a sua política interna e passa a permitir esse tipo de anúncio.
Mudança na política do LinkedIn
A mudança aconteceu após a plataforma ser questionada pelo Procon de São Paulo e Ministério Público Federal (MPF).
“No Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas”, diz o comunicado da rede social.
O anúncio em questão que motivou todo esse debate e essa mudança foi feito pelo Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut).
Nele a empresa informava que daria preferência para candidatos negros e indígenas.
Após isso, o LinkedIn utilizou sua conta oficial para informar a retirada do anúncio e fazer a justificativa da seguinte forma:
“preferências ou requisitos relacionados a características individuais, como idade, sexo, religião, etnia, raça ou orientação sexual”, informou a plataforma profissional .
No entender do MPF, essa decisão é contrária as ações que buscam a inclusão de grupos que sofreram violência no Brasil, como os negros e indígenas.
“No âmbito público, é obrigação constitucional do Estado promover as ações afirmativas, como as cotas nas universidades públicas. Já no setor privado, não há obrigatoriedade, mas é cada vez maior o número de empresas que adotam medidas inclusivas”, disse a procuradoria em nota divulgada na semana passada.
Toda essa movimentação resultou na mudança das políticas da empresa, que foi anunciada através de comunicado.
“Atualizamos nossa política global de anúncios de vagas para permitir a divulgação de publicações que expressem preferência por profissionais de grupos historicamente desfavorecidos na contratação em países onde esta prática é considerada legal”, diz a nota do LinkedIn.
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