De acordo com lojistas, o PIX, solução de pagamentos do Banco Central “é muito mais barato” para eles do que pagamentos usando cartões, revelou um artigo publicado pelo órgão que é tido como o banco central dos bancos centrais, reafirmando o potencial de crescimento entre empresas após a grande aceitação entre pessoas físicas.
O documento que é de coautoria de economistas do Banco Central do Brasil para o Banco de Compensações Internacionais (BIS), mostrou que o PIX tem um custo de 0,22% em média por transação para os lojistas, ao passo que os cartões de débito tem o custo aproximado de 1% e os cartões de crédito de 2,2% no Brasil.
A solução do BC também é mais competitiva do que a taxa de cartão de crédito de 1,7% nos Estados Unidos, 1,5% no Canadá e 0,3% na União Europeia, informou o artigo.
O documento ressaltou que as operações efetuadas entre pessoas físicas ainda são dominantes no país, porém, que diminuíram sua participação para próximo de 75% do total de transações via PIX no mês passado, com os pagamentos entre pessoas e empresas ganhando espaço de forma rápida.
“Um aumento adicional no uso P2B é esperado ao longo do tempo, já que novos serviços, como débito automático e pagamento de contas eletrônicas, estão programados para serem lançados em um futuro próximo”, destacou.
Este aumento no uso do PIX pelo comércio pode prejudicar empresas adquirentes, como a Cielo, controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco, e também a Rede do Itaú, já que suas receitas estão ligadas ao uso de cartões em suas máquinas.
Este conjunto também é formado por empresas como PagSeguro, Stone e GetNet, do Santander Brasil.
Aderiram ao PIX cerca de 9,1 milhões de empresas, o que representa 60% das empresas que mantém uma relação com o sistema financeiro do país, segundo o documento.
O PIX foi lançado em novembro de 2020 e já foi usado por 114 milhões de pessoas no país, o que representa 67% da população adulta e movimentou um montante R$ 6,7 trilhões.