Na última sexta, 18, o Procon de São Paulo notificou a Netflix para que a gigante do streaming esclareça o anúncio de que começará a cobrar uma taxa dos assinantes que compartilham a conta com pessoas que moram em outras casas.
Na semana passada, a empresa comunicou que começaria a fazer testes no Chile, Costa Rica e Peru desta taxa a mais. Os usuários terão que pagar uma taxa na assinatura mensal, de US$ 3 no Chile e na Costa Rica e de US$ 2,12 no Peru, para poder adicionar até duas contas no mesmo perfil.
O comunicado explica que isto foi preciso para que a empresa possa continuar investindo em séries e filmes de qualidade. Ainda não foi dito nada sobre o Brasil nesta questão.
É solicitado pelo Procon que a Netflix explique se irá cobrar essa taxa a mais no Brasil. Caso a resposta seja positiva, a entidade pergunta quando o sistema será implementado e quais os valores que serão cobrados.
O Procon quer saber também quais serão os critérios usados na escolha dos assinantes testados em outros países, se eles foram previamente comunicados a respeito da novidade e como a Netflix vai comprovar que o acesso está sendo realizado fora da residência do assinante.
A Netflix tem até amanhã, 22, para responder aos questionamentos do Procon.
Netflix no mercado de ações em 2021
No último ano, as ações da Netflix cresceram 17%, superando a Apple (AAPL) e a Amazon (AMZN) e ficando praticamente alinhada com o aumento do Facebook (FB) no acumulado do ano.
As ações da Alphabet (GOOGL), dona do Google, cresceram 60% em 2021, o melhor desempenho do grupo FAANG de ações de tecnologia de elite.
A empresa também vem deixando para trás os concorrentes de mídias tradicionais da: Disney (DIS), Paramount + controlada pela ViacomCBS (VIAC), Peacock’s Comcast (CMCSA) e proprietário da WarnerMedia AT&T (T).
Mas, a principal preocupação dos investidores é com o número de assinantes da plataforma. Este foi a principal razão que causou uma estagnação nas ações da Netflix no começo de 2021.