Um inquérito da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apontou irregularidades como fraudes no mercado de capitais na atuação do empresário Jonas Jaimovick e de sua empresa, JJ Invest. Este caso pode passar por julgamento, porém, existe a possibilidade do caso ser encerrado com um acordo, alternativa que já foi tentado em 2018.
Naquele ano, ainda não existia acusação instaurada, nem mesmo a repercussão que o caso ganhou.
O empresário tinha celebridades como clientes, pessoas da alta sociedade carioca e ex-jogadores de futebol. Ele ficou famoso também após patrocinar times de futebol como o Vasco. No momento que o escândalo estourou, os jornais foram atrás de imagens de Neymar vestindo camisa com o nome da empresa de Jonas em uma partida beneficente patrocinada por ela.
Segundo notícias sobre o caso, o empresário desapareceu com no mínimo R$ 170 milhões, de milhares de clientes. Através do suposto esquema de fraude de investimentos, conhecido no mercado de “pirâmide financeira”, era oferecida uma rentabilidades de até 10% ao mês. Jaimovick foi preso em novembro de 2020, após ficar foragido por mais de doze meses.
Os processos administrativos, no âmbito da CVM, e os da Justiça comum avançam de forma paralela.
O regulador do mercado de capitais estava no rastro de Jaimovick desde 2017, quando emitiu o primeiro “stop order”, medida cautelar que tem a finalidade de prevenir ou corrigir situações anormais de mercado.
Através da medida, a CVM alertava a respeito da atuação irregular da JJ e afirmava que o empresário não tinha autorização para trabalhar no mercado de capitais. Uma vez que atividades irregulares não cessaram, a autarquia emitiu em janeiro de 2019, um segundo aviso. A essa altura, o assunto já era falado na mídia.
Em outubro de 2018, entre um “stop order” e outro, Jaimovick apresentou uma proposta de acordo no regulador. Naquele época, o caso ainda estava em fase pré-sancionadora. A autarquia informou que rejeitou o termo de compromisso em abril do ano seguinte.
A JJ está envolvida em outros casos na CVM, que, em dezembro de 2020, aplicou multas de R$ 500 mil ao empresário e à JJ. O caso observou a comunicação sobre participação acionária na empresa de investimentos IdeiasNet.