Nesta quinta-feira (3), o Banco Central comunicou que 2.112 chaves Pix, que estão sob a guarda do LogBank Soluções de Pagamento, foram vazadas. Segundo o BC, houve o vazamento em dados cadastrais, que não impactam a movimentação em dinheiro.
Desse modo, não houve a exposição de dados protegidos pelo sigilo bancário, como senhas, saldos e extratos. Os dados vazados contam com o nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento e número da conta. O incidente aconteceu em 24 e 25 de janeiro.
Desde o lançamento do sistema Pix, em novembro de 2020, este foi o terceiro vazamento de dados.
O primeiro caso ocorreu em setembro de 2021. Nesta ocasião, o Banco Central informou que houve o vazamento de 395 mil chaves Pix que estavam sob a guarda e responsabilidade do Banco do Estado de Sergipe (Banese).
Já em janeiro de 2022, a autoridade monetária anunciou que aconteceu o vazamento de 160 mil chaves que estavam sob a guarda da Acesso Soluções de Pagamento.
Sobre o caso mais recente, conforme o BC, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foi avisada. O Banco Central também informa que as pessoas afetadas serão notificadas.
Conforme o BC, os usuários que tiveram os dados cadastrais obtidos pelo incidente, serão avisados “exclusivamente por meio do aplicativo de sua instituição de relacionamento”.
O Banco Central alegou que as chaves Pix são utilizadas para recebimento de valores. Esta é uma identificação facilitada de informações de qual é a instituição de relacionamento, conta, tipo de conta e agência.
Desse modo, a autoridade monetária explica que “isso significa que mesmo em posse dessa informação, não é possível ter acesso ao saldo ou lançamentos da conta ou a realização de pagamentos ou transferências”.
Apesar disso, o BC admitiu que a exposição de dados pode ser usada para aplicação de golpes de engenharia social. Como exemplo, o golpista pode tentar convencer a vítima de que é um funcionário de algum banco — para conseguir as credenciais de senha da pessoa.
Recomendações do Banco Central para quem teve chaves Pix vazadas
Assim, o Banco Central recomendou que os titulares de informações expostas estejam alertas. Independentemente de incidentes, é importante que essas pessoas tomem as seguintes medidas:
- nunca utilizar senhas fáceis de serem descobertas;
- ter atenção redobrada ao receber ligações de pessoas se passando por bancos. Nunca repassar dados pessoais, códigos recebidos por SMS ou senhas bancárias, e nem permitir acesso remoto ao aplicativo ou internet banking;
- sempre desconfiar de mensagens SMS ou em aplicativos enviadas por números desconhecidos e nunca clicar em links enviados por estes números;
- ter cuidado com e-mails e páginas falsas que busquem se passar por alguma instituição financeira.