Mesmo que a cotação das ações do Mercado Livre (MELI34) tenham apresentado queda maior do que um terço, o banco Goldman Sachs entende que os fundamentos da companhia seguem fortes. A avaliação foi publicada nesta quarta-feira (26), em relatórios aos clientes.
Ao apontar os fundamentos do Mercado Livre, o Goldman Sachs destaca as vendas online. Na avaliação do banco, já foram precificados os custos de aumentos de juros para as companhias do setor de tecnologia.
Para o último trimestre de 2021, o banco prevê uma alta de 48% na receita líquida da empresa argentina.
Apesar de que o consenso dos analistas esteja abaixo do mercado, a instituição acredita “que os principais drivers para a ação dependerão das mensagens da companhia sobre as perspectivas futuras para taxa de participação da fintech, empréstimos inadimplentes e crescimento bruto de venda”.
No Brasil, o aumento do valor bruto de venda das mercadorias da empresa deve seguir consistente nos próximos dois anos. O crescimento deve ser próximo a 21% ao ano.
Sobre os riscos, o Goldman Sachs alega que a volatilidade do câmbio pode afetar negativamente os resultados. A instituição também cita a alta da competição por incumbentes e novos players no mercado.
Outros pontos de alerta são o enfraquecimento macroeconômico do país, e se o Mercado Livre aumentará os investimentos acima do previsto — o que afetaria o lucro no período.
Recomendação do Goldman Sachs para as ações do Mercado Livre (MELI34)
Os analistas Felipe Rached, Gustavo Fratini e Irma Sgarz possuem recomendação de compra das ações do Mercado Livre negociadas pela Nasdaq. O preço-alvo é de US$ 1,7 mil em 12 meses.
No Brasil, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) representam 1/120 das ações. Nesta quarta, os recibos fecharam o dia com queda de 2,84%, a R$ 44,21.
Para investir em BDRs — os recibos que representam ações emitidas por companhias em outros países, mas negociadas na B3 —, há a necessidade de ter conta em alguma corretora de valores autorizada a funcionar no Brasil. Para começar a operar, o interessado deve transferir recursos para essa conta.
No caso de investir diretamente em ações de empresas nos Estados Unidos, é preciso abrir conta em alguma corretora nos EUA. O interessado deve procurar uma empresa que aceite pessoas de outros países.
A pessoa precisa entender as condições exigidas pela operadora. De modo geral, as corretoras pedem alguns documentos — para que a conta seja aberta.