- Eleições de 2022 contará com a participação de Ciro Gomes na disputa à presidência;
- Ciro já divulgou slogan e vídeo na pré-candidatura;
- Ciro Gomes não integra ranking líder de aprovação ao pleito eleitoral.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) lançou logo no início desta semana a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República. Se a campanha for levada a sério, nas eleições de 2022 será consolidada a quarta tentativa do candidato ao cargo de chefe do Executivo no Planalto.
Durante um evento realizado no Distrito Federal, Ciro Gomes se pronunciou enquanto proferia ataques aos seus rivais, em especial ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
Na ocasião, ele o acusou de exercer uma “política genocida” durante a pandemia da Covid-19, época em que o país necessitava drasticamente de um representante de pulso firme, preparado e informado para lidar com a situação.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Justiça e Juiz, Sérgio Moro, também não ficaram de fora da mira de ataques de Ciro Gomes. Ambos também se candidataram às eleições de 2022 e estão à frente de Ciro nas pesquisas de preferência ao cargo.
Promessas de campanha
Assim como qualquer outro candidato à presidência da República, Ciro Gomes também fez promessas caso seja eleito pelo povo brasileiro. No que compete ao setor econômico, por exemplo, ele pretende revogar o teto de gastos que, segundo ele, é uma espécie de prisão aos gastos públicos.
Neste sentido ele evidenciou a necessidade extrema de realizar uma reforma tributária o quanto antes. Para ele, esta mudança é essencial para possibilitar a elevação dos impostos para os mais ricos, cenário defendido pelos economistas que assessoram a pré-campanha eleitoral dele.
Campanha eleitoral
A pré-campanha eleitoral de Ciro Gomes é assessorada pelo marqueteiro João Santana, chefe da publicidade de eleições vitoriosas, como dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. No entanto, é importante se lembrar de que Santana foi um dos alvos da operação Lava Jato após fazer parte da delação premiada, logo será responsabilizado por alavancar a campanha de Ciro.
Um dos primeiros atos do marqueteiro na campanha de Ciro Gomes foi a criação e divulgação do slogan “a rebeldia da esperança”, anunciado na manhã desta segunda-feira, 24. Junto ao slogan foi publicado nas redes sociais um vídeo de pré-campanha com pouco mais de dois minutos de duração. Trata-se de uma paródia da música “Sujeito de sorte”, de Belchior, mas fazendo alusões à crise econômica e à fome.
Candidatura às eleições de 2022
Conforme mencionado, esta já é a quarta vez que Ciro Gomes se candidata à presidência da República, antes, as candidaturas ao pleito eleitoral haviam ocorrido em 1998, 2002 e 2018. Em duas destas disputas ele ficou em terceiro lugar, mas em nenhum cenário conseguiu chegar ao segundo turno.
No último pleito, no ano de 2018, ele disputou o cargo de presidente ao lado da senadora Kátia Abreu como vice-presidente. Na oportunidade, a chapa conquistou 13,34 milhões de votos, ficando em terceiro lugar conforme mencionado com 12,47% da aprovação dos eleitores.
Durante o pleito eleitoral que contou com a participação de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, a disputa foi acirrada. Ciro Gomes ainda foi criticado por ter feito uma viagem a Paris e, por consequência, não ter acompanhado os desdobramentos da campanha eleitoral entre o atual presidente e o candidato petista.
A situação de Ciro Gomes em relação aos representantes tanto do PT quanto dos demais partidos políticos não passou por melhorias desde então. É o caso do relacionamento entre ele e o ex-presidente Lula, que subiram o tom durante declarações ásperas nos últimos anos.
Vale mencionar que o setor econômico é onde Ciro mais se destaca por se posicionar contra as medidas tomadas pela gestão de Bolsonaro. Um exemplo é a reforma da previdência.
Pesquisa eleitoral
De acordo com a última pesquisa eleitoral, Lula está a apenas um ponto de conquistar a vitória no primeiro turno. Encomendada pela XP, a pesquisa do Ipespe apresentou o mesmo cenário que nos levantamentos anteriores, o que quer dizer:
- Lula com 44%;
- Jair Bolsonaro com 24%;
- Sérgio Moro com 9%;
- Ciro Gomes com 7%.
Os demais candidatos à presidência da República não integraram o ranking principal porque não chegaram a obter ao menos, cinco pontos percentuais de aprovação. É o caso de:
- João Doria com 2%;
- Simone Tebet com 1%;
- Rodrigo Pacheco com 1%;
- Luiz Felipe D’Ávila com 1%.