- O país tem hoje 23.416.748 de casos e 621.855 vítimas fatais;
- A vacinação tem sido a grande aliada nesse momento de preocupação nacional;
- Estados preparam plano de contingência para evitar fechamento do comércio.
A alta no número de infectados por Covid-19 voltou a subir no Brasil. Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) mostram que o país registrou 204.854 novos casos na última quarta-feira (19). Os números são preocupantes, já que esta é a primeira vez que ultrapassam 200 mil casos por dia.
No mesmo dia, foram liberados os dados mostrando que houveram 338 mortes nas últimas 24 horas. Diariamente são atualizadas as informações a respeito do número de infectados e de falecidos por coronavírus no Brasil.
Considerando os registros desde março de 2020, início da pandemia, o país tem hoje 23.416.748 de casos e 621.855 vítimas fatais.
Alguns fatores podem explicar esse aumento elevado. Entre eles, a chegada da variante ômicron, que é comprovadamente mais infectuosa.
E o fato de que em dezembro do último ano os dados do Ministério da Saúde sofreram um ataque hacker. Logo, o governo não conseguiu contabilizar com precisão os dados sobre a doença.
De acordo com a Fiocruz, de 2 a 15 de janeiro o número de infectados por Covid-19 foi seis vezes maior que o observado em dezembro do último ano. Na semana analisada foram 49 mil novos casos por dia.
O que o Brasil tem feito para frear o avanço da Covid-19?
Como já era de se esperar, a vacinação tem sido a grande aliada nesse momento de preocupação nacional. A Fiocruz acredita que é devido ao avanço de imunização que o número de mortes não tem acompanhado o crescimento de casos pelo país.
Para se ter uma ideia, em 1° de abril de 2021 quando a vacinação ainda não contemplava a todos, o Brasil bateu 3.673 mortes por Covid-19 no dia. O número assustador estava alinhado a uma onda de sucessivos novos casos e falecimentos em todo país.
Por isso, além de reforçar a importância da aplicação da 3° dose da vacina contra o coronavírus, o país tem avançado na imunização. Podem tomar a dose de reforço quem foi imunizado com a 2ª dose há quatro meses.
Até 18 de dezembro de 2021, o intervalo entre a segunda e terceira dose era de 5 meses. O Ministério da Saúde alterou essa regra e estabeleceu limite de 4 meses entre as aplicações.
“Para ampliar a proteção contra a variante Ômicron vamos reduzir o intervalo de aplicação da 3ª dose de cinco para quatro meses. A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco.”, avisou o ministro Marcelo Queiroga.
Por hora, independente de qual vacina o cidadão tomou nas duas primeiras doses, o reforço está sendo liberado apenas com aplicação da Pfizer. Para ser imunizado basta comparecer a um posto de saúde conforme o cronograma do seu município.
Além desse público, as crianças de 5 a 11 anos também receberam autorização para serem imunizadas. A princípio existe uma ordem de prioridade para esse grupo.
Começando pela maior idade e por aqueles que: têm comorbidade, possuem deficiência, são índios ou quilombolas.
A imunização tem acontecido nos postos de saúde, e a criança deve estar acompanhada do seu responsável legal. Para aqueles que possuem comorbidades ou deficiência, será preciso apresentar laudo médico.
Atitudes dos estados
Após alta no número de casos por Covid-19, e a superlotação dos hospitais públicos, os governos estaduais têm se posicionado. Até o momento, nenhum falou a respeito do fechamento total do comércio.
No entanto, outras atitudes estão sendo tomadas como plano de contingência. As prefeituras e os governos do estado têm total autonomia para decidir como lidar nesta situação, sem esperar uma ordem do governo federal.
Para eventos de grande porte, como jogos de futebol, feiras, shows e etc., pelo menos 20 capitais estão exigindo o passaporte de vacinação. Entre elas:
Brasília, Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Manaus, Rio Branco, Palmas, Belém, Porto Velho, Goiânia, Cuiabá, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Natal, Teresina, Maceió, Salvador e Aracaju.
Além disso, o carnaval de rua foi cancelado na maioria das cidades brasileiras. Apenas o carnaval das escolas de samba, feito em local fechado e com controle do número de pessoas, é que ficou permitido.
Eventos privados e públicos também estão diminuindo a capacidade de pessoas. No Ceará, por exemplo, até 250 pessoas podem frequentar o mesmo local. No Amazonas, a limitação de público é de 200 pessoas.