- O Santander tem avaliação positiva para grande parte das empresas analisadas;
- A administradora de shoppings preferida pelo banco é a Multiplan;
- Existem algumas formas de investir neste setor.
Em análise, o Santander afirmou ter uma perspectiva sobre as administradoras de shoppings no Brasil em 2022. A instituição destaca as vendas melhores do que o previsto e a retomada dos aluguéis, depois do processo de reabertura.
O Santander também declarou ter uma visão mais clara sobre a taxa Selic, ao mesmo passo que o ciclo de aperto mais forte se aproxima do fim. Atualmente, a taxa básica de juros está em 9,25% ao ano. O banco também ressalta a valorização atrativa do setor de shoppings — em relação a padrões históricos.
Das seis administradoras de shoppings analisadas pelo Santander, cinco tiveram rating outperform.
São estas: Multiplan (MULT3), com preço-alvo de R$ 27,00; Iguatemi (IGTI11), com preço-alvo R$ 27,00; BRMalls (BRML3), com preço-alvo de R$ 11,00; Aliansce Sonae (ALSO3), com preço-alvo de R$ 27,00; e Log (LOGG3), com preço-alvo de R$ 31,00.
Somente a BR Properties (BRPR3) teve rating neutral, com preço-alvo de R$ 9,00.
Considerações sobre as administradoras de shoppings
De todas as administradoras apuradas pelo Santander, a Multiplan é a preferida. Sobre esta empresa, o banco cita a “resiliência de seu portfólio a crises econômicas”. Logo após, a instituição aponta o Iguatemi, “com valuation atraente em relação a seus pares”.
Sobre a BrMalls e a Aliansce Sonae, o Santander argumenta que os desinvestimentos e as compras recentes das empresas deverão oferecer uma “resiliência do portfólio” do que a vista durante a última recessão econômica.
Com relação à Log Commercial Properties, a recomendação do banco foi baseada na forte demanda por seus projetos. O Santander também destacou o sólido CAGR (taxa de crescimento anual composta) do Fundo Ajustado de Operações (AFFO) previsto em cinco anos de 27%.
Já no caso da BR Properties — a única com rating neutral — a avaliação levou em conta a considerável deterioração na confiança empresarial. Outros fatores citados foram a redução das taxas de ocupação e a limitação dos reajustes de aluguéis nos dois anos seguintes.
A instituição afirma que o grande risco para a diferença de recomendação da BR Properties tem relação com a reciclagem do portfólio, já que a companhia vem sendo capaz de atingir vendas de ativos de modo consistente acima de seu NAV (valor líquido do ativo) reportado.
No pregão desta segunda-feira (17), o MULT3 registrou queda de 1,51%, sendo cotada a R$ 18,21. O IGTI11 teve desvalorização de 3,73%, a R$ 17,28. O BRML3 subiu 0,12%, a R$ 8,41. O ALSO3 caiu 3,09%, a R$ 19,45. O LOGG3 teve aumento de 0,16%, a R$ 25,00. Já o BRPR3 diminuiu 3,08%, a R$ 6,61.
Como investir em shoppings
Uma forma de aplicar nesta área é por meio da compra de ações de shoppings e administradoras na Bolsa de Valores. As ações representam frações de empresas de capital aberto.
Para adquirir a ação de alguma empresa do segmento, será necessário, primeiramente, ter uma conta ativa em alguma corretora de valores. Logo após, a pessoa deve transferir dinheiro da conta bancária para a conta da corretora.
Em seguida, será preciso, na plataforma da instituição, procurar pelo código de negociação da empresa. Ao longo do tempo, também vale analisar o desempenho dos papéis da companhia.
Outro modo de realizar a aplicação é por meio de fundos imobiliários (FIIs) disponíveis na Bolsa de Valores. Esta é uma modalidade coletiva de investimento. A indicação vale para quem gostaria de ter renda de aluguéis e está disposto e conhecer mais sobre o mercado imobiliário.
Do mesmo modo, para adquirir a participação em algum fundo — e se tornar um cotista —, o interessado deve ter a conta em alguma corretora.
Ao considerar o cenário de renda fixa, é possível investir em debêntures. As debêntures são títulos de médio e longo prazos. A emissão pode ser realizada por empresas privadas ou por Sociedades Anônimas de capital aberto ou fechado — exceto bancos, que emitem CDBs com essa finalidade.
Elas são usadas pelas empresas emissoras para o financiamento de projetos, elevação de capital ou da capacidade produtiva, e também para a reestruturação de dívidas.
O investimento em debêntures pode acontecer por meio da compra dos títulos ou por meio de um fundo de investimentos. Nos dois casos, para fazer a aplicação, o interessado deve ter conta em alguma corretora de investimento.