As exchanges do Brasil, que misturam os papéis de bolsa e corretora para os investidores interessados em criptomoedas, movimentaram em 2021, R$103,5 bilhões em bitcoin, mostrando um crescimento de 417% na comparação com 2020, quando no mercado nacional giraram R$20,02 bilhões em compras e vendas da moeda digital. Veja mais detalhes.
Este montante alto é decorrente de três fatores: o aumento da quantidade de bitcoins sendo negociados, a valorização da cripto mais famosa do mundo no mercado global e a desvalorização do real frente o dólar.
O relatório do Cointrader Monitor, feito a partir de dados das exchanges que atuam no Brasil, mostrou que a quantidade de bitcoin negociado no mercado interno subiu 16,8%, resultando em 409.881 bitcoins no último ano.
No ano de 2020, o volume foi de 351.005 em bitcoins e, em 2019, foram movimentados 369.357 BTC (sigla usada para a moeda).
A Binance foi a exchange que obteve o volume mais alto do ano, com 122.046 BTC negociados, respondendo por 29,8% do mercado nacional. Na vice-liderança, operando 54.977,58 bitcoins, aparece a bitPreço, com 13,41% do mercado e ,em terceiro lugar, a Mercado Bitcoin, com 54.016,97 BTC.
No último ano, o volume médio mensal foi de 34.157 BTC. O destaque ficou para janeiro, com um volume negociado acima de média anual, segundo o Cointrader Monitor , de 49.217 bitcoins.
Porém, maio foi o mês que obteve a maior movimentação de bitcoin, resultado em 52.595 BTC negociados. Este mesmo mês foi marcado por uma queda de cerca de 50% no preço da moeda, em comparação à máxima do ano até então, de US$ 64.896,22, alcançada em 14 de abril.
Esta queda vertiginosa aconteceu em decorrência da declaração dada pelo presidente e fundador da Tesla, Elon Musk, de que a fabricante de carros elétricos deixaria de aceitar pagamentos em bitcoin. Para justificar a decisão, ele citou os impactos ambientais causados pela mineração da cripto.
O relatório do Cointrader Monitor é composto por um resumo dos dados de volume de operações de compra e venda de bitcoin (BTC), comunicados pelas corretoras e marketplaces entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021.
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