O mercado financeiro realizou as últimas perspectivas do ano, com reajustes para a inflação e dólar. Por um lado, os economistas diminuíram a estimativas para inflação em 2021. Por outro lado, houve alta na revisão para o dólar. Os dados são do boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC).
Últimas perspectivas do ano para a inflação
Para este ano, os economistas diminuíram a estimativa para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A previsão caiu de 10,04% para 10,02%. Esta foi a terceira semana consecutiva de revisão para baixo do indicador.
Se a perspectiva for confirmada, será a primeira vez que a inflação chega a dois dígitos desde 2015. Na ocasião, o indicador tinha sido de 10,67%.
Em 2021, a meta central de inflação é de 3,75% — com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Sendo assim, a inflação neste ano pode variar entre 2,25% e 5,25%.
No dia 11 de janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os números de dezembro do IPCA. Com isso, será possível saber a inflação acumulada de 2021.
No acumulado deste ano, até novembro, a inflação já chega a 9,26%. Apenas em novembro, o IPCA foi de 0,95% — sendo o maior percentual para o mês desde 2015, quando chegou a 1,01%.
Ao considerar o acumulado dos 12 últimos meses, o indicador chega a 10,74%. Este valor é o maior desde novembro de 2003, quando estava a 11,02%.
Já para o próximo ano, os economistas mantiveram a perspectiva de inflação, em 5,03%. Em 2022, o centro da meta de inflação é de 3,50% — com a mesma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, é possível oscilar entre 2% e 5%.
Últimas perspectivas do ano para o dólar
Os economistas aumentaram as estimativas para o dólar o fim de 2021 e 2022. Para o fim deste ano, os analistas elevaram a previsão para a taxa de câmbio de R$ 5,60 para R$ 5,63. Já para o fim do ano que vem, o mercado aumentou a estimativa de R$ 5,57 para R$ 5,60 por dólar.
Os dados presentes neste boletim Focus foram coletados na semana passada. A pesquisa contou a participação de mais de 100 instituições financeiras.