Diante do aumento recente da taxa Selic, os investidores vêm se atentando aos ativos de renda fixa. Em meio a este cenário, descubra onde os ricos investem. O levantamento, com base no mês de novembro, foi realizado pela consolidadora de investimento SmartBrain, e publicado pelo Valor Investe.
No começo deste ano, a taxa Selic estava em 2%, sendo o menor patamar histórico. Com isso, os investidores migraram para a renda variável. Contudo, o cenário tem se invertido.
Por conta da escalada da inflação, desde março, o Banco Central (BC) passou a elevar a taxa básica de juros. Atualmente, A Selic está em 9,25% ao ano. Como resultado, a renda fixa se tornou mais atraente — o que não era observado no ano passado.
Recentemente, a alteração na condução da política monetária nacional por parte ocorreu em meio aos problemas causados pela pandemia de covid-19. Para o próximo ano, o mercado financeiro projeta que a Selic passará de 11% ao ano.
Onde os ricos investem?
Em novembro, segundo levantamento da SmartBrain, foi registrado uma alta de participação da categoria de renda fixa — como fundos e títulos privados e públicos — na carteira média dos investidores.
No período, a renda fixa chegou a 32,12% nos portfólios dos clientes. Em outubro, o percentual havia sido de 31,92%.
Apesar disso, o investidor não deixou de procurar pela Bolsa de Valores. O estudo indicou que a fatia de ações e fundos de ações — que registrou uma leve queda de setembro (13,13%) para outubro (12,35%) — teve um pequeno aumento em novembro.
No penúltimo mês deste ano, em média, o percentual chegou a 12,39% das carteiras.
A pesquisa ainda demonstra que, mesmo tendo a maior participação dos investidores, os fundos multimercados registraram leva queda. O percentual caiu de 43,50% em outubro para 43,41% em novembro.
Em novembro, esta foi a carteira média do investidor:
- Multimercado: 43,4%
- RendaFixa: 32,1%
- Ações: 12,4%
- Previdência: 5,9%
- Imobiliário: 1,2%
- Outros: 5,0%
Cabe destacar que a pesquisa da SmartBrain considera a base de dados da plataforma. O sistema processa mais de 300 mil extratos. Das carteiras analisadas, grande parte dos investidores é de varejo (20,82%), alta renda (45,92%), private (29,12%) e ultra high (4,13%).